Homem mata ex-exposa após mudança no corte de cabelo

O caso ocorreu no dia 19 de dezembro em Ubatuba

A vítima viveu anos de violência doméstica por parte do ex-marido
Créditos: Zeca
A vítima viveu anos de violência doméstica por parte do ex-marido

Lucília Vaz de Oliveira, de 47 anos, foi morta pelo ex-marido, Francisco Aldo Ribeiro, de 50 anos. O motivo? O homem não aceitava o fim do relacionamento e que a mulher tentasse recuperar a autoestima após anos de violência doméstica. O caso ocorreu no dia 19 de dezembro em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.

O ex-companheiro esfaqueou a aposentada enquanto ela lavava roupas no tanque da casa em que morava com a mãe. Ao Cidade Alerta, a irmã da vítima disse que Francisco era um homem violento com Lucília e a sobrinha. “Ele tinha quebrado os dentes dela, deu uma paulada na minha sobrinha – que levou cinco pontos.” A mulher chegou a perder o útero em outra agressão.

Lucília prestou queixa contra Francisco na Delegacia de Defesa da Mulher local, onde há três boletins de ocorrência registrados em 2014, 2015 e 2016. O agressor foi preso depois da denúncia.

No entanto, há cerca de um ano, ele saiu da prisão e voltou a perseguir a ex-esposa. Na época, ela estava fazendo tratamento odontológico e capilar. A aposentada havia acabado de recuperar os dentes e colocar apliques com tranças com o objetivo de recuperar a autoestima.

Ao reencontrar a ex-companheira em processo de recuperação da autoestima, Francisco decidiu assassiná-la. Ele segue foragido.

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  • Como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

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