Ilustrador é acusado de disseminar ódio em HQ dos X-Men
A publicação de uma edição da nova série do X-Men causou polêmica ao fazer referências a questões político-religiosas da Indonésia. A editora Marvel Comics, então, se retratou publicamente sobre o caso.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o autor destes desenhos, Ardian Syaf, foi acusado de “fanático” e “disseminar ódio” contra anti-semitas. Em entrevista à mídia indonésia, ele explicou que expressou suas visões políticas, mas que propagar ódio não foi sua intenção.
Dois símbolos publicados nas ilustrações foram os que mais geraram discussão. O primeiro, “QS 5:51”, está na camiseta do personagem Colossus e se relaciona com uma passagem do Alcorão – livro sagrado da religião muçulmana. Os leitores interpretaram-no como se muçulmanos não devessem ter judeus ou cristãos como líderes.
Já o segundo, “212”, aparece na fachada de um estabelecimento quando a personagem Kitty Pride fala com algumas pessoas na rua. Este foi logo ligado à data do maior protesto já organizado por muçulmanos conservadores contra Basuki Purnama – governador de Jacarta, capital da Indonésia. O autor do desenho participou dessa manifestação.
De acordo com a Marvel, as passagens consideradas ofensivas serão apagadas das reimpressões e que Syaf sofrerá medidas disciplinares. Além disso, a editora afirmou que as referências foram incluídas sem que seus significados fossem conhecidos.
“Elas não refletem a visão do autor, dos editores ou de qualquer outra pessoa na Marvel e vão contra os ideais de inclusão que a Marvel Comics e os X-Men defendem desde sua criação”, publicou a empresa.
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