Projeto une ioga e histórias para melhorar a concentração

Para o professor João Soares, com as histórias de ficção, conseguimos “falar a língua do insconciente das crianças”. Ao lado da pedagoga Rosa Muniz, foi com esse pensamento que nasceu o projeto Yoga com Histórias. O objetivo? Unir contação de histórias com práticas da ioga.

Em entrevista à jornalista Marina Lopes, do portal Porvir, João conta que a proposta é aliar os fundamentos da ioga à ludicidade das histórias para aproximar os pequenos desse universo.

Silêncio e relaxamento são fundamentais para que a criança organize os estímulos que recebe durante o dia.

“Na minha opinião, uma aula tradicional não funcionaria com essa faixa etária. Com as histórias, trabalhamos com questões simbólicas que envolvem os seus medos e emoções”, explica.

O projeto se apoia na defesa de que a partir das histórias, as crianças podem projetar suas emoções e sensações a partir das vivências dos personagens. Quando esse potencial se associa a uma prática meditativa, que trabalha o corpo e a mente em conssonância, as crianças conseguem tempo e espaço para organizar as informações e os estímulos transmitidos pelas histórias. Assim, elas se fortalecem emocionalmente.

Durante as aulas, as histórias trabalham temas ligados a uma série de sentimentos, como medo, raiva e superação. “Nós tentamos trazer essa colocação da ioga, que olha para cada pessoa como um ser especial”, destaca. Ele conta que a proposta também busca estimular que as crianças desenvolvam generosidade e empatia. “Falamos muito dessas questões, mas sempre com bastante humor e de forma lúdica”, adverte.

O projeto “Yoga com Histórias” quer estimular as crianças a se relacionarem melhor com o próprio corpo a partir da literatura.

Corpo livre, mente sã

Além de oferecer momentos de relaxamento e tranquilidade associado ao lúdico, o projeto tem também o intuito de proporcionar um reencontro com o corpo. João explica que, com o uso frequente das tecnologias, as crianças têm perdido cada vez mais a motivação para usar o próprio corpo livremente.

“Com o passar do tempo, as crianças começam a perder a sua inteligência corporal. Elas param de subir em árvores, correr e brincar. Já não exploram mais todos os movimentos e possibilidades que o corpo oferece”, explica.


“Na escola, falta concentração. No parque, é difícil se relacionar bem com as outras crianças. Em casa, estímulos como TV e celular são o suficiente. As crianças têm corrido graves riscos de desenvolvimento na era contemporânea. Replicando as ações dos pais e demais adultos ao redor, suas expressões comportamentais podem estar relacionadas com falta de empatia e perda de atenção”, explica o site pro projeto.


Para viabilizar os custos do projeto, João e Rosa criaram uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse. O objetivo é levantar R$ 280 mil para apoiar nos gastos com a produção. Clique aqui para conhecer melhor a iniciativa e acessar o conteúdo oferecido pelo projeto, como artigos, depoimentos de famílias que testaram a ação e materiais de inspiração sobre os benefícios de praticar ioga na infância.

*Com informações de Porvir

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