IstoÉ ganha processo contra Michelle Bolsonaro e dama terá que pagar R$ 15 mil
A esposa do presidente da República pedia R$ 100 mil à revista mas acabou saindo do processo tendo que pagar
Nesta segunda-feira, 17, a Justiça de São Paulo não acatou o recurso apresentado por Michelle Bolsonaro no processo judicial contra a revista “IstoÉ”. A defesa da primeira dama havia acusado o veículo de utilizar de tratamento machista em reportagem publicada em fevereiro de 2020.
Na ação, Michelle estava cobrando uma indenização de R$ 100 mil, além de uma retratação, em razão do texto com o título: “O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto”. De acordo com ela, a revista faz uma insinuação que estaria tendo um caso fora do casamento com o então ministro da Cidadania Osmar Terra.
“[Os jornalistas] pautaram-se em informações mentirosas sobre suposto desconforto no casamento e construíram uma plêiade de conteúdo raso para disseminar a ideia de que a primeira-dama teria sido infiel a seu marido”, disse à Justiça o advogado de Michelle, Fabio Kadi. “Nitidamente se portaram de maneira machista, como se a primeira-dama fosse um objeto ou coisa a ser ‘vigiada’ por alguém.”
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Por sua vez, a revista declarou que não fez nenhuma publicação com “inverdades” e nem fez “qualquer insinuação de caso extraconjugal”. Na defesa foi dito que apenas “narrou questão pessoal da primeira-dama e do seu marido que tinham repercussão política e interesse público dadas as movimentações realizadas pelo presidente Bolsonaro na troca do ministro da Cidadania”.
Em dezembro de 2020, a juíza Adriana Basso, da 3ª Vara Cível de São Paulo, havia considerado o texto “no limite da liberdade de imprensa e de informação” e o Tribunal de Justiça manteve a decisão de absolvição.
De acordo com o desembargador J.B. Paulo Lima, relator do processo no TJ, a matéria não é considerava ofensiva. “Na posição que ocupa, [Michelle Bolsonaro] está permanentemente sujeita a ter a vida esmiuçada porque suas atividades são, em geral, de interesse público, até porque muitas vezes pagas com dinheiro público”, afirmou.