Jovem gay expulso de casa consegue bolsa de estudos e R$ 400 mil

Seth Owen chegou a morar na rua antes de receber ajudar de alguns amigos

08/08/2018 16:20

Seth Owen foi morar nas ruas após ser expulso de casa por ser gay
Seth Owen foi morar nas ruas após ser expulso de casa por ser gay - Arquivo Pessoal

Seth Owen é um jovem gay de 18 anos, natural de Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos, que foi morar nas ruas depois de ter sido expulso de casa pelos próprios pais, após eles descobrirem sua homossexualidade.

Ao site News4Jax, o jovem contou que seus pais chegaram a insistir para que ele se submetesse a sessões de terapia de reversão sexual na igreja que eles frequentam, método popularmente conhecido como “cura gay”.

“Eles ficavam insistindo que eu deveria me tornar heterossexual até chegar um ultimato, dizendo: ou vai fazer cura gay ou sai de casa”, revelou ele.

Após dias morando nas ruas da cidade, alguns amigos de Owen ficaram sabendo sobre as dificuldades pelas quais ele estava passando e se solidarizaram, a fim de ajudá-lo financeiramente.

Foi então que surgiu a ideia de criar uma campanha on-line para ajudar a custear seus estudos, enquanto Seth ficou morando na casa de amigos.

Seth Owen foi morar nas ruas após ser expulso de casa por ser gay
Seth Owen foi morar nas ruas após ser expulso de casa por ser gay - Arquivo Pessoal

Agora, de acordo com informações da NBC, a “vaquinha” virtual foi um verdadeiro sucesso, conseguindo arrecadar 141 mil dólares, o equivalente a 400 mil reais. Ainda, Seth Owen ganhou uma bolsa de estudos de cem por cento na Universidade de Georgetown.

Com o dinheiro doado, ele pretende fazer uma boa ação social e ajudar outros jovens que estão vivenciando a mesma situação pela qual ele passou.

“No momento, estou estudando maneiras de chegar em estudantes LGBT para destinar este montante [arrecadado na campanha]. É a minha maneira de agradecer a todos e a Georgetown [pela bolsa]”, afirmou ele à reportagem.

DENUNCIE

Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.

No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.

No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.