Jovem lésbica sofre 6º ataque homofóbico e fica ensanguentada
"Não vou mais a lugar nenhum sozinha", afirmou Charlie Graham
Uma jovem lésbica, de 20 anos, sofreu o sexto ataque homofóbico e ficou ensanguentada quando estava indo encontrar com um amigo em Sunderland, Inglaterra. Charlie Graham foi espancada por dois homens, no último sábado, 11.
O caso ficou conhecido porque a mãe da jovem, Michelle Storey, postou no Facebook fotos da filha após a agressão, na tentativa de encontrar os culpados. Nas imagens é possível ver a vítima com rosto e joelhos ensanguentados.
Segundo a vítima, o ataque deste sábado foi parecido com os outros cinco que já sofreu. Ela ainda revela que precisou levar pontos por causa de socos e foi chamada de lésbica.
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A jovem conta que ficou traumatizada e que tem ataques de pânico, ansiedade, além de dores de cabeça. “Eu não vou mais a lugar nenhum sozinha. Só me sinto confortável na casa da minha mãe “, disse ao Mirror Online
“Eu realmente pareço com um menino e ajo como um, não há feminilidade em mim. Mas não sou agressivo. Nunca abri minha boca para ninguém”, disse a jovem.
A polícia investiga o caso, segundo informou o jornal The Guardian.
A publicação feita pela mãe é muito importante para Charlie. “[É] muito importante para mim que minhas fotos sejam compartilhadas, para que as pessoas saibam que existem pessoas por aí que o atacarão por qualquer motivo que achar necessário – seja essa a sua sexualidade, a cor da sua pele, a maneira como você andar ou como você se veste”, desabafou.
https://www.facebook.com/michelle.graham.33/posts/2658076544288714
Assim como aconteceu com Charlie, na Inglaterra, aqui no Brasil casos semelhantes são comum e também são crimes. Veja abaixo como se proteger.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).
Em alguns estados brasileiros, há órgãos públicos que fazem atendimento especializado para casos de homofobia. Saiba mais clicando aqui.