Jovens denunciam mortes de ativistas em Fórum Mundial da Água

Por Juan Domingues, do Engajamundo

23/03/2018 19:08 / Atualizado em 05/05/2020 10:05

Você sabia que o Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores dos direitos humanos no mundo? A ONG Engajamundo, acompanhou as negociações no Fórum Mundial da Água e constatou que muito pouco foi discutido nos espaços de poder sobre recentes assassinatos, como o de Paulo Nascimento, ambientalista que denunciava a atuação criminosa de uma empresa mineradora norueguesa no Pará, e Marielle Franco, vereadora e defensora dos direitos humanos no estado do Rio de Janeiro.

Estudantes fazem protesto no Fórum Mundial da Água em Brasília
Estudantes fazem protesto no Fórum Mundial da Água em Brasília

Por conta desse retrato, a ONG fez uma ação denunciando a negligência do poder público na proteção de pessoas que, em muitos dos casos, estão agindo para assegurar direitos que deveriam ser garantidos pelo estado.

A ação aconteceu durante o encerramento do Fórum Mundial da Água, nesta sexta feira, 23. Os jovens simularam a morte de pelo menos dez ativistas sociais e ambientais que perderam suas vidas lutando por causas que acreditavam.

Segundo Bruna Luiza, integrante do Engajamundo em Brasília, “isso não é novidade e nem vem de hoje, muitas dessas mortes estão associadas a conflitos relacionados à água e território. O nosso papel é denunciar e fiscalizar o poder público para que todas essas mortes não tenham sido em vão”.

O fórum mobilizou cerca de 97 mil pessoas durante seus seis dias, com mais de 10,5 mil pagantes — 7.000 brasileiros e 3,5 mil estrangeiros, sendo que cada ingresso chegou ao valor de R$1.500.

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