Juiz não é Deus: conheça três magistrados que fazem a diferença no Brasil
Síndrome do "poder divino" atinge juiz no Maranhão, mas nem todos são assim: conheça iniciativas que fazem justiça ao símbolo da balança e a espada
Indignado por não conseguir embarcar em um voo no último sábado, no Aeroporto de São Luís, o juiz Marcelo Baldochi deu voz de prisão a três funcionários da companhia aérea TAM. Atrasado para o voo com destino a São Paulo, o magistrado não se conformou após ser informado sobre o encerramento do horário de embarque.
Depois de dar voz de prisão, o juiz entrou em contato com a polícia, que encaminhou os envolvidos à delegacia mais próxima. Lá, os funcionários prestaram depoimento e foram liberados. Baldochi segui viagem para Ribeirão Preto, em um voo de outra companhia aérea.
Em nota, a TAM afirmou que os funcionários apenas seguiram os procedimentos de embarque previstos pela lei.
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Apesar dos recentes surtos de ‘poderes divinos’ que tomaram conta de alguns profissionais do judiciário nos últimos tempos, o Catraca Livre relembra manifestações de bom exercício de cidadania protagonizadas por juízes, promotores e outros representantes do poder judiciário.
Confira algumas histórias:
Pela primeira vez no Brasil, o Juízo da Infância e Juventude da Comar de Vitória da Conquista, Bahia, concedeu a adoção de uma criança a um casal homoafetivo e não destituiu o poder familiar da genitora.
Sustentada na tese de Multiparentalidade, as três mães foram inscritas no mesmo registro. A criança tem 5 anos e vive desde os primeiros meses de vida sob guarda provisória. A tentativa de adoção acontecia desde 2012. Confira a matéria na íntegra.
As cirurgias de mama são um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil. Mas no caso do transexual D. C. F. O, a retirada dos seios não é uma questão de beleza e sim de identidade.
O jovem foi impedido de trocar seu nome feminino pelo masculino no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pois ainda tinha aparência de mulher, segundo a instituição. D. decidiu então fazer a masectomia. Confira a matéria na íntegra.
A cada 90 minutos uma mulher é assassinada no Brasil segundo pesquisas recentes sobre o tema. Os números representam uma média de 5.664 mortes por ano em um cenário de um Brasil quase não revelado.
Das estatísticas para o mundo real, um projeto realizado em Taboão da Serra, cidade da região metropolitana de São Paulo, usa o diálogo para refazer as contas desse saldo negativo com o projeto “Tempo de Despertar”, idealizado pela promotora de justiça, Maria Gabriela Manssur.
Voltado aos homens agressores, o programa acontece a cada 15 dias com o objetivo de debater o machismo, desrespeito às mulheres, a Lei Maria da Penha e os direitos nela previstos. Confira a matéria na íntegra.