Justiça determina prisão preventiva de ex que matou juíza

O crime aconteceu na frente das três filhas do casal; o homem foi preso e levado para a Delegacia de Homicídios

A Justiça do Rio de Janeiro converteu em preventiva a prisão em flagrante do engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos, acusado do assassinato da ex-mulher, a juíza Viviane Arronenzi, na tarde da última quinta-feira, 24. O crime aconteceu na frente das três filhas do casal.

A audiência de custódia  aconteceu na tarde de ontem, 25. A decisão é da  juíza Monique Brandão. As informações são da Agência Brasil.

Juíza do TJ-RJ é assassinada pelo ex-marido
Créditos: Arquivo Pessoal
Juíza do TJ-RJ é assassinada pelo ex-marido

Paulo Arronenzi já está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio. Ele ficará à disposição da Justiça, aguardando julgamento.

Laudo de exame cadavérico do IML  (Instituto Médico-Legal) do Rio de Janeiro aponta que Viviane Arronenzi foi assassinada com 16 golpes de faca, a maioria no rosto e na cabeça.

O feminicídio foi registrado em um vídeo que circula nas redes sociais e é investigado pela polícia. Na gravação, as meninas pedem para ele parar de golpear a juíza.

Em setembro, Viviane fez um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ela chegou a ter escolta, mas pediu para retirá-la posteriormente.

Defensoria lamenta

Em nota, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro também manifestou pesar pela morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. “Infelizmente, é mais um caso de violência contra a mulher, uma chaga social que atinge todas as esferas da nossa sociedade, sem escolher origem, classe ou posição social. Nós, da Defensoria, nos unimos à dor dos entes queridos que agora choram esta perda irreparável. Lamentamos profundamente que notícias de feminicídio sejam pauta frequente no Brasil, mesmo em dias que deveriam ser apenas de celebração à vida.”

A nota acrescenta que a Defensoria Pública está à disposição de todas as mulheres que se sentem ameaçadas.

“Ao Judiciário fluminense, fica o registro de toda nossa solidariedade pela perda da magistrada que tão bem honrou a função que exercia. Perde o Judiciário; perde a sociedade; perde, sobretudo, a família”, conclui o texto.