Justiça nega habeas corpus a médico acusado de cárcere privado
Segundo a decisão, não foram encontrados elementos para considerar a prisão de Bolívar Guerrero ilegal; Cirurgião teve prisão prorrogada para mais 5 dias
Acusado de manter paciente em cárcere privado, o médico Bolívar Guerrero Silva teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 22. Mais cedo, havia sido comunicado pela Justiça que a prisão temporária do cirurgião seria prolongada para mais 5 dias pois ainda é necessário mais tempo para finalizar o inquérito policial. O processo agora segue em segredo de justiça.
Guerrero é acusado de manter a paciente Daiana Chaves Cavalcanti, de 35 anos, em cárcere privado, e teria impedido ela de ser transferida de uma unidade hospitalar particular em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, com intuito de esconder as complicações do quadro clínico dela após cirurgia feita por ele.
Pedido de Habeas Corpus negado
O desembargador Luiz Felipe Francisco, que analisou o pedido de Habeas Corpus no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado, considerou que não tinha nenhuma ilegalidade na prisão do médico cirurgião. O magistrado destacou ainda que ter prorrogado a prisão temporária de Bolívar foi um ato devidamente fundamentado para permitir o prosseguimento das investigações.
Bolívar Guerrero Silva foi detido na segunda-feira, 18, em Duque de Caxias (RJ). Daiana foi internada para fazer procedimentos estéticos com o cirurgião plástico no Hospital Santa Branca, porém começou a apresentar reações de necrose no abdômen. Ela pediu na Justiça a transferência para uma outra unidade por entender que estava correndo risco de morte com as feridas abertas.
Daiana foi transferida nesta última quinta-feira, 18, para o Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. A advogada de defesa do médico não quis falar sobre a decisão da justiça e declarou que daria entrevista no sábado, 23.