Justiça prorroga prisão de médico e MP vê indícios de ‘homicídio tentado’
Preso desde 18 de julho sob acusação de manter paciente em cárcere privado, o cirurgião teve prisão prorrogada para mais 25 dias
A Justiça do Rio de Janeiro prorrogou a prisão do médico equatoriano Bolivar Guerreiro Silva por mais 25 dias nesta quarta-feira, 27. A solicitação foi feita pelo Ministério Público (MPRJ).
No começo do inquérito, foi instaurado a apuração de lesão corporal de natureza grave contra a paciente Daiana Chaves Cavalcanti, além de associação criminosa e cárcere privado.
No entanto, a promotora de Justiça Cláudia Portocarrero entendeu, ao receber o inquérito, que existia grandes indícios de que o agente teria assumido o risco de matar a paciente. Portanto, o MP vê um crime ainda mais grave: homicídio qualificado na modalidade tentada, hediondo.
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“O atuar doloso do indiciado e a irresponsabilidade completa, a vilania, a torpeza de motivo para a prática do delito, a ganância, o objetivo de ganhos financeiros em detrimento da saúde da vítima, submetida a cirurgias sucessivas, inclusive para fins estéticos, que jamais poderiam ter sido levadas a efeito, restam indicados nos autos” destacou a promotora ao g1.
O pedido de prorrogação da prisão foi deferido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Os autos do processo foram enviados à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Caxias, que investigou o caso.
Bolívar Guerrero Silva foi preso no último dia 18 de julho sob acusação de manter a paciente Daiana Cavalcanti em cárcere privado após ela fazer cirurgia na clínica dele, no Hospital Santa Branca, e ter complicações devido os procedimentos malsucedidos.