Karol Eller diz que agressão sofrida não foi motivada por homofobia
Para a delegada responsável pelo caso foi uma agressão "típica de homofobia"
A youtuber Karol Eller, conhecida por se posicionar contra o movimento LGBT+ e em favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido),afirmou, em entrevista a revista Época, que a agressão sofrida, no último domingo, 15, não foi motivada por homofobia.
Karol Eller sofreu um ataque homofóbico no último domingo, 15, em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela foi agredida com socos e pontapés, e chegou até a desmaiar diante da agressão.
A youtuber foi morar no Rio para assumir um cargo de assessora na Empresa Brasil de Comunicação (EBC ), que administra as emissoras públicas de comunicação.
- Homem diz que é melhor do que ex por não ter filhos negros e gays
- Roberto Jefferson é multado em R$ 31,9 mil por declarações homofóbicas
- Carmo Dalla Vecchia denuncia homofobia após vídeo com filho
- Homofobia: MP é acionado contra candidato a deputado do PL
À policial civil, Suellen Silva dos Santos, namorada de Karol, disse que as duas estavam andando na praia quando o supervisor de manutenção Alexandre da Silva, de 42 anos, se referiu a Karol como “ele” em tom provocativo. Suellen conta que ambas ignoraram inicialmente e, em momento posterior, Karol disse que iria ao banheiro, quando Alexandre teria sugerido que ela “fosse atrás do quiosque, pois homem não precisa usar o vaso sanitário”.
“Está fazendo o quê com isso? Isso é um homem?”, teria questionado Alexandre antes das agressões começarem.
Para a revista Época, Eller disse que qualquer pessoa corre o ser agredida, independente de sua orientação sexual. “Ele teve sim uma atitude homofóbica. Mas não bateu em mim somente por isso. Tenho certeza que ele faria o mesmo com outra mulher [não gay] ou até mesmo outro homem”, ponderou na entrevista para a Época.
Alexandre também se manifestou e refutou a possibilidade de sua atitude ser enquadrada em homofobia. “Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito. “Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista”, disse o agressor à revista Época.
É homofobia
A delegada Adriana Belém, do 16ª DP, diz que “se trata de um caso típico de homofobia sem ligação com a militância da vítima. De acordo com os depoimentos, os agressores chamavam a Karol Eller o tempo todo de sapatão e demonstravam claramente preconceito. Já requisitamos os exames de corpo de delito de todos os envolvidos e vamos fazer diligências para localizarmos câmeras que possam ter flagrado a confusão a possíveis testemunhas do fato”.
Saiba como denunciar a LGBTfobia
Leis que criminalizem a LGBTfobia são de extrema importância para garantir que ataques como esse aconteceram contra Karol Eller não fiquem impunes, e recebam da Justiça o devido tratamento: um crime de ódio.
Veja abaixo como denunciar: