Leitores da Catraca Livre ajudam a criar maior petição do Brasil

A meta era chegar a 1 milhão de assinaturas em 48 horas contra o aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal – esse aumento vai custar até R$ 6 bilhões aos cofres públicos.
Como a meta foi atingida em 24 horas, Catraca Livre convida seus leitores a ajudarem a criar um fato inédito: o maior abaixo-assinado da história do Brasil.
O desafio é atingir, nas próximas 24 horas, mais do que a Ficha Limpa, que teve 1,6 milhão de assinaturas. A meta agora é 2 milhões de assinaturas.
Não há registro, no Brasil, de tantas assinaturas serem conseguidas em tão pouco tempo.

Para aderir à campanha, basta clicar aqui.

Só para comparar: a Lei da Ficha Limpa, um das maiores petições já feitas no Brasil, teve 1,5 milhão de assinaturas depois de vários meses de mobilização.
Catraca Livre Livre apoia essa petição, criada pelo Partido Novo,  e convida seus leitores a dizer não. Fizemos uma enquete com nossos leitores –  98% apoiaram  mobilização.

De acordo com o texto da campanha virtual, acompanhada pela hashtag #AumentoNão, que figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter, “primeiro os parlamentares aumentam o salário dos ministros do STF para ampliar o teto constitucional, assim conseguem aumentar os próprios salários e em outras áreas públicas. Isso causa um efeito cascata e retroativo que o Brasil não suporta mais”.

O aumento de R$ 6 mil reais nos salários dos ministros e da Procuradora Geral da República, que passará a ser de R$ 39 mil mensal, causa um impacto que varia entre R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões por ano nas contas nacionais e diz que “os brasileiros não toleram mais pagar a conta”.

O aumento foi aprovado na tarde desta quarta-feira, 7, pela maioria dos votos do Senado e agora precisa ser sancionado pelo presidente da República em exercício, Michel Temer. Jair Bolsonaro, futuro chefe do Executivo, já se posicionou contrário à proposta.

Entenda

O Senado aprovou nesta quarta-feira, 7, projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República. O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

A proposta relativa aos membros do STF teve 41 votos favoráveis, 16 contra, e uma abstenção, após os senadores aprovarem, na tarde de ontem (6), a inclusão do texto na Ordem do Dia de hoje. Já o projeto do salário do procurador-geral da República foi aprovado de forma simbólica pelo plenário.