Líder dos caminhoneiros atribui bloqueios em rodovias a bolsonaristas radicais
Bloqueios são pontuais e ligados à extrema-direita em estados onde Bolsonaro tem grande apoio.
Grupos de caminhoneiros bolsonaristas fecharam rodovias em ao menos 13 estados em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os bloqueios começaram horas após o anúncio da vitória do petista, na noite deste domingo, 30.
Um dos líderes da greve geral de 2018, o deputado federal Wallace Landim (Podemos), mais conhecido como Chorão, atribuiu as manifestações à extrema-direita ligada ao presidente Bolsonaro.
“Eu jamais vou organizar um ato contra a democracia. Isso é coisa pequena, de parte dos caminhoneiros que apoiam Bolsonaro e são intervencionistas. Pessoal da extrema-direita que já vinha ameaçando”, disse Chorão em entrevista à revista Carta Capital.
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Uma das principais rodovias do país, a Presidente Dutra (BR-116), que liga o Sul ao Nordeste, permanece interditada na altura de Barra Mansa (RJ) desde o começo da madrugada. Há relatos de outros 62 pontos de bloqueio, parcial ou total, pelo país.
De acordo com vídeos publicados nas redes sociais, o protesto é contra o resultado da eleição e, em alguns locais, há pedido de intervenção militar.
Em nota oficial, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas disse que os caminhoneiros ligado à entidade não irão parar para protestar contra o resultado das eleições.
A categoria “não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil”, afirma a nota assinada pelo presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS).