Lula cita helicóptero de cocaína ‘Tinham prova mas não convicção’

15/09/2016 15:51 / Atualizado em 20/09/2016 23:20

Como você sabe, o ex presidente Lula foi denunciado no dia 14 de setembro, quarta-feira, junto com sua esposa Marisa Letícia e mais seis pessoas na Operação Lava Jato, que requereu o bloqueio de R$ 87 milhões dos denunciados.

Lula, a esquerda, e o helicóptero da família de Gustavo Perrela encontrado repleto de cocaína numa fazenda
Lula, a esquerda, e o helicóptero da família de Gustavo Perrela encontrado repleto de cocaína numa fazenda

Segundo a denúncia, Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas. Hoje, durante um discurso convocado por ele mesmo para toda a imprensa, ele diz que tudo isso não passa de um “golpe de ilusionismo” para tentar confundir o Brasil. Leia parte das suas declarações:

“Até meus discursos por escrito levaram do escritório (durante investigações) e devolveram as pastas vazias. Certamente, pegaram para plagiar”, disse arrancando risadas da plateia e rindo junto com ela.

Disse também “Me dedicaram um apartamento que não tenho, uma chácara que não é minha. Disseram que sou o ‘comandante máximo’ de um esquema corrupção. Eu tenho a convicção de que quem mentiu está numa enrascada”.

Quanto a falta de “provas cabais” citada pelos próprios procuradores que o acusam, ele se diz injustiçado. E aproveitou para relembrar o caso do helicóptero pertencente a família de Gustavo Perrela e do seu pai, Zezé Perrella (PDT-MG), que foi encontrado numa fazenda com quase meia tonelada de cocaína. “Eles tinham prova do helicóptero. Eles tinham prova, mas não tinham convicção“, disse Lula. A história foi investigada e, mesmo o piloto do helicóptero sendo funcionário de uma das empresas da família Perrella, foi decidido pela Justiça que a família nada tinha a ver com o caso.

Para encerrar, o ex presidente declarou “Provem uma corrupção minha que irei a pé até a delegacia, como as pessoas vão a pé até Aparecida do Norte para pagar pecados. Ninguém está acima da lei. Nem o ex-presidente, nem o procurador-geral, nem o ministro da Suprema Corte”.