Lula detona Bolsonaro, Moro e Dallagnol em discurso após ser solto

"Depois que eu fui preso, o Brasil não melhorou, o Brasil piorou", afirmou o ex-presidente

08/11/2019 19:30

Em seu primeiro discurso depois de ser solto e deixar a cadeia em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, detonou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol, o Ministério Público e delegados da Polícia Federal, nesta sexta-feira, 8.

Lula detona Bolsonaro, Moro e Dallagnol em discurso após ser solto
Lula detona Bolsonaro, Moro e Dallagnol em discurso após ser solto - Reprodução/TV

Lula apontou a crise que o país vive e que Bolsonaro não conseguiu dar sinais de melhora para criticar o opositor. “Depois que eu fui preso, o Brasil não melhorou, o Brasil piorou. O povo está passando mais fome, o povo não tem mais trabalho, o povo tá trabalhando de Uber, tá trabalhando de bicicleta para entregar pizza, tá trabalhando sem o menor respeito”, afirmou, mesmo que durante o governo Dilma Rousseff, eleita com seu empenho, a situação não estivesse muito melhor.

O ex-presidente chamou Bolsonaro de Mentiroso. “Queremos um país em que o presidente não minta tanto no Twitter como Bolsonaro [faz].”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, também foi alvo de críticas. Lula o chamou de  “grosseiro”, por estar destruindo a educação brasileira.

O ex-presidente ainda disse que Haddad não foi eleito “porque a eleição foi roubada”, numa referência à acusação de uso de disparos, em massa, de mensagens no WhatsApp pela campanha de Bolsonaro na campanha, em 2018. O caso é apurado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante o discurso, Lula ainda apresentou a namorada, a socióloga Rosângela da Silva, conhecida pela militância como ‘Janja’. “Eu tive a sorte de, mesmo preso, arranjar uma namorada e ela ainda ter tido a coragem de se casar comigo”, disse, enquanto quem o ouvia pedia um beijo do casal. O pedido foi atendido.

Lula deixou na tarde desta sexta-feira a cela na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, depois de passar 580 dias preso o cumprimento da pena imposta pela Justiça Federal, após condenação em segunda instância, no caso do Triplex, no Guarujá.