Machismo fez Conar punir 7 anúncios publicitários em 2016
Com informações do UOL
Sete propagandas foram punidas pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) no ano passado por terem elementos considerados machistas, que objetificam o corpo ou desrespeitam e desvalorizam a mulher.
Em uma delas, uma peça publicitária traz uma foto de uma mulher passando o aspirador de pó enquanto o marido lê o jornal e toma café. No anúncio, há estimativas de gastos com profissionais que fazem trabalho doméstico e a seguinte frase: “Casar com uma mulher que não cobra nada disso, não tem preço”.
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A propaganda, da Editora Minuano, foi denunciada por consumidoras de cinco estados. O caso foi julgado em fevereiro de 2016 pelos membros do Conselho de Ética do Conar, que votaram pela retirada da peça dos veículos de comunicação.
Outro exemplo é uma propaganda feita pela Prudence. Em outubro do ano passado, o Conar tirou do ar um anúncio da marca cujo título era “Feliz dia do: Relaxa, eu vou pôs só a cabecinha”, após consumidoras denunciarem seu conteúdo.
O número de punições pode parecer pequeno, mas os processos relacionados a machismo julgados pelo Conar cresceram 87,5% em dez anos, se comparados os dados de 2006 e 2016.
Os dados revelam que o consumidor está fiscalizando e denunciando mais as publicidades veiculadas pela imprensa. Dos 308 processos instaurados em 2016 pelo Conar, 196 foram motivados por consumidores. Em 2006, 81 dos 303 processos vieram de queixas de público.
Quando o tema é machismo, o consumidor se mostra mais ativo do que na média das reclamações julgadas. Em 2016, os consumidores deram origem a 14 dos 15 casos julgados sobre machismo.