Mãe ajudava companheiro a estuprar filha de 13 anos

Os estupros começaram quando ela tinha 8 anos; a criança foi obrigada a tatuar o nome no estuprador no braço

20/11/2019 14:04 / Atualizado em 02/12/2019 15:32

A mãe de uma menina de 13 anos foi presa em Maués, a 276 km de Manaus (AM), por colaborar com o estupro sistemático de uma de suas filhas pelo padrasto. A violência começou quando a vítima tinha 8 anos. Além dos estupros, a garota ainda foi obrigada a tatuar o nome do homem que a violava.

Menina estuprada foi obrigada a tatuar nome do estuprador
Menina estuprada foi obrigada a tatuar nome do estuprador - Conselho Tutelar/ Arquivo pessoal

A mulher, de 33 anos, foi indiciada por estupro de vulnerável e a polícia procura pelo padrasto da garota. Uma investigação foi aberta para verificar se dois outros filhos do casal, de um e quatro anos, também foram abusados sexualmente.

Segundo a equipe do Conselho Tutelar, a menina foi usada 5 anos atrás como moeda de troca para o casal reatar o relacionamento.

“Ela [menina] conta que a mãe teve um outro relacionamento sem o padrasto saber. Quando ela pediu pra voltar, ele perguntou o que ‘ganharia com isso’, ela disse que ‘qualquer coisa’. Então, ele pediu a criança”, contou o conselheiro tutelar Vanderval Moreira ao G1. “Na época, ela tinha oito anos. Na primeira vez que ele foi cometer o abuso, a mãe a segurou pelos braços e ajudou a tampar a boca dela.”

A menina disse à polícia que a mãe esteve presente em todos os estupros. Segundo a Polícia Militar, uma quarta filha, de 11 anos, que mora em Manaus, seria cobiçada pelo casal.

Como denunciar

Por meio do Disque 100, o usuário pode denunciar violências contra crianças e adolescentes, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares.

O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, conforme a competência, num prazo de 24h. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo (as informações são da UNICEF). Saiba mais como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança e adolescente.