Mãe faz petição para que filha possa jogar campeonato de futebol
Por Change.org
Maria Alice Barbosa é uma menina de 10 anos, moradora da cidade de Vieiras, em Minas Gerais, e é apaixonada por futebol. O amor pelo esporte é tão grande que nenhum obstáculo a impede: como não tem outras amigas para jogar, ela treina desde os 6 anos no time masculino, três vezes por semana. Mesmo com toda essa dedicação, Maria Alice está sofrendo discriminação por ser mulher: ela foi proibida de participar na Copa Sesc 2017 pela organização do evento e pela unidade do Sesc em Muriaé.
“Recebi a notícia de que tinham proibido a inscrição dela no mesmo dia em que chegou o tênis que encomendamos especialmente para a Maria Alice usar no campeonato, com o nome dela gravado. Ela chorou incansavelmente, até dormir”, conta Eliane Barbosa, a mãe. Triste com o sofrimento da filha, Eliane resolveu fazer um abaixo-assinado na Change.org exigindo que o Sesc volte atrás com a proibição.
Em menos de uma semana, a petição alcançou mais de 18 mil assinaturas – e continua crescendo. Porém, Eliane ainda não recebeu nenhuma resposta do Sesc. “Disseram que o edital prevê a divisão por idade e gênero, não havendo previsão da inserção de time misto”, diz. Agora, Eliane corre contra o tempo para que sua filha ainda tenha chances de participar do campeonato, já que as inscrições terminam nesta semana, no dia 18 de agosto. Maria Alice quer disputar a categoria futsal mirim sub 11.
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Confira o abaixo-assinado: www.change.org/DeixemMariaAliceJogar
Eliane explica que decidiu fazer o abaixo-assinado após encontrar na internet uma reportagem sobre o caso da Laura Pigatin, uma garota de 12 anos, moradora de São Carlos (SP), que também foi proibida de participar de um campeonato de futebol por ser mulher. Inconformado com a injustiça, Vinnie Rodrigues, amigo da família de Laura, resolveu fazer uma petição para que a menina pudesse jogar. A história da Laura cresceu tanto que os responsáveis pelo campeonato permitiram sua participação. “Vi que o abaixo-assinado sobre a Laura resolveu o problema, por isso pensei que também poderia ser a solução para o caso da Maria Alice”, conta Eliane.
Muitas pessoas apoiaram o pedido pontuando que a igualdade de direitos entre homens e mulheres tem que ser colocada em prática. “Deixem a Maria Alice jogar. Qual o problema? Que eu saiba o direito ao esporte é pra todos. Vamos deixar esse país melhor, começando pelos nossos pequenos“, escreveu Fernanda dos Santos.
“Fico triste em saber que uma criança não pode participar de um evento esportivo porque é uma menina. Sou pai de uma menina de dois anos e dez meses e incentivo ela a praticar atividades físicas como andar de bicicleta e skate. Ficaria triste se ela não pudesse participar de um evento pelo fato de ser menina”, comentou Erik Luciano Mulato, também no abaixo-assinado.
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