Mandato de Paulo Maluf é cassado pela Câmara dos Deputados

Decisão será publicada em edição extra do "Diário da Câmara" ainda nesta quarta-feira, 22

Em dezembro do ano passado, Paulo Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de pena
Créditos: Wilson Dias/Agência Brasil
Em dezembro do ano passado, Paulo Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de pena

A Câmara dos Deputados anunciou nesta quarta-feira, 22, a cassação do mandato do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Apesar da defesa do ex-governador de São Paulo anunciar, em nota, que a Mesa “não tem o direito de cassar nenhum mandato”, a decisão do plenário foi unânime.

Em maio de 217, Paulo Maluf foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de lavagem de dinheiro. Cumpre pena desde dezembro do ano passado no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF). Entretanto, em março deste ano, o ministro Dias Toffoli concedeu prisão domiciliar ao político de 86 anos.

Maluf está afastado do cargo desde fevereiro deste ano, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou a decisão. Atualmente, seu lugar é ocupado pelo deputado Junji Abe (MDB-SP), que, com a cassação, deve será efetivado pela Casa. A decisão da Mesa Diretora será publicada em edição extra do “Diário da Câmara” ainda nesta quarta-feira.

O anúncio da decisão foi feito pelo corregedor da Câmara, deputado Evandro Gussi (PV-SP), após reunião ocorrida na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “O que a Mesa decidiu, no nosso entendimento, é que a ofensa menor em busca da garantia e da estabilidade do estado de direito no Brasil seria cumprir a decisão já que o deputado Paulo Maluf não renunciou e declarar assim a perda do seu mandato”, disse.

Tarda mas não falha 

Maluf foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar recursos desviados da Prefeitura de São Paulo entre 1993 e 1996, quando ainda era prefeito. Na investigação, constatou-se que parte do  corresponde à obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul paulistana.

Foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de pena. Desde março, porém, cumpre em regime domiciliar por motivos de saúde./Com informações do G1.