Mansplaining: um homem já te explicou o óbvio hoje?

Texto escrito por Priscila Bezerra e publicado no Superela

Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida é dividir pensamentos, produzir ideias e proporcionar reflexões – essa troca de ideias e experiência através de uma conversa produtiva, muitas vezes apresenta maior resultado do que anos de leitura.

Há algumas semanas venho conversando com algumas amigas, colegas de trabalho, mulheres da família, enfim, pessoas de diversas profissões, lugares, culturas e experiências sobre como elas se sentem no ambiente de trabalho e uma situação me chamou a atenção. Com todas as mulheres que conversei, sem exceção, elas apresentam uma reclamação típica – todas em algum momento sofreram/sofrem com a prática do Mansplaining.

Caso você nunca tenha ouvido falar dessa palavra, vou tentar de forma bem rápida e exemplificativa esclarecer o que ela significa. Vem comigo!

Vamos falar sobre Mansplaining

Sabe aquele cara do seu trabalho que ACHA que sabe mais que você ou qualquer outra colega?

Puxa aí na sua memória, tenho certeza que você irá se lembrar daquele rapaz do setor que insiste em ir até você para dizer que você está fazendo o seu serviço de forma errada e/ou então daquele chefe que ouviu a sua ideia – menosprezou – e depois utilizou como se fosse dele – lembra?

Ah, claro, como esquecer do “senhor suprassumo” – aquele redator da mesa ao lado que quer explicar para você o que é feminismo já que você não entende sobre o assunto e não poderia escrever a respeito.

Sem falar do cara com que você divide as cenas da peça que insiste em te dizer que a sua interpretação não é tão boa e que você deveria observar o desempenho dele para “aprender como se faz”.

O residente de medicina que disse à médica com mais de 15 anos de profissão  que talvez ela não entenda bem como pegar a veia de um paciente – pois é!

Não é difícil lembrar, acontece o tempo todo com você, com suas amigas, vizinhas, colegas de trabalho, chefe, mães, tias e por aí diante como aquela vez que a sua mãe – contadora – teve a honra de “aprender” com o colega “truques” de tabuada, tem a sua amiga – social media – que teve seus textos corrigidos pelo designer, e a sua vizinha advogada que “aprendeu” com o seu cliente – engenheiro – como ela deveria conduzir o processo, sem falar na sua chefe que sozinha conduz essa empresa há anos e ouviu de um de seus subordinados que ela não sabia como gerir um negócio.

Ufa! Pois é, isso é Mansplaining.

Se ainda lhe restou aquela pontinha de dúvida a respeito, vou me atrever a roubar um conceito que acho perfeito…

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