Mario Frias chama auxílio emergencial de R$ 600 de esmola
O prazo para sanção presidencial da “Lei Aldir Blanc”, que concede o benefício aos artistas, termina nesta segunda-feira, 29
Nem bem assumiu a Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias já entrou em atrito com a classe artística. Em conversa com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o ator disse que os artistas não quere “esmola”, em referência ao auxílio emergencial de R$ 600 para o setor cultural aprovado pelo Congresso.
“Artista não quer esmola. A maioria que eu vejo diz: ‘Me deixa trabalhar. Não quero auxílio emergencial’”, disse o ex-galã de malhação. A conversa foi compartilhada nas redes sociais do filho do presidente neste fim de semana.
Em resposta ao novo secretário da Cultura, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que “só os que não enxergam a real dificuldade do povo podem achar que não tem significado”.
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Jandira Feghali foi relatora do texto que serviu de base para aprovação auxílio emergencial aos trabalhadores do setor cultural no Congresso.
Segundo a parlamentar, há artistas e técnicos que estão vendendo instrumentos para comprar alimentos. “Se o secretário de Cultura acha que é esmola, o que dirá dos R$ 300,00 que o governo dele quer dar ao povo brasileiro?”, questionou em entrevista ao UOL.
O prazo para sanção presidencial da Lei Aldir Blanc, que concede o auxilio emergencial à classe artística, termina nesta segunda-feira, 29.
Lei Rouanet
Na conversa com o “03”, como Eduardo é chamado pelo pai, Mário Frias também falou sobre a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, e prometeu uma “auditoria” no acesso aos editais.
“O problema é quem abraçou a lei para uso exclusivo. A lei é para todos. O presidente diz muito bem quando diz que quer que todo mundo tenha acesso à lei”, disse o substituto de Regina Duarte.
O secretário da Cultura afirmou ainda estar em sintonia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Tudo que eu faço pode ter certeza que estou em comunhão com meu presidente”.