Vídeo: Seguranças do metrô de SP dão mata-leão em negro que estava com bebê

“Gente, não mata ele. Moço, para, por favor, o filho dele aqui”, diz uma passageira

Uma passageira filmou dois seguranças do metrô de São Paulo aplicando um mata-leão e ajoelhando no pescoço de um negro que levava um bebê de colo. No vídeo, a mulher pede que os seguranças não matem o homem já imobilizado.

A cena de horror aconteceu na Estação Anhangabaú enquanto a criança chorava.

Vídeo mostra seguranças do metrô de SP dando mata-leão em negro com bebê
Créditos: Reprodução/Facebook
Vídeo mostra seguranças do metrô de SP dando mata-leão em negro com bebê

“O policial que deu o mata-leão resolveu agredir ele verbalmente por causa da máscara que estava usando”, contou a passageira, Flávia Alves, no Facebook.

“Durante a discussão ele já estava reclamando do carrinho do filho dele ter sido empurrado, e o fato do bebê cair de cara no chão. Ele estava indo em direção a escada para ir embora mas, com diversos empurrões, ele quase rolou escada abaixo com o bebê. Foi quando ele reagiu e cuspiu”, completou.

O vídeo circula em todas as redes sociais.  Veja:

Como denunciar racismo

Casos como esses estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.

Desde 1989, a Lei 7.716 define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional
Créditos: iStock/@innovatedcaptures
Desde 1989, a Lei 7.716 define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional

Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.

A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.