Medicamentos básicos estão em falta nas farmácias e no SUS; veja lista
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Diversos estados do Brasil relataram a escassez de medicamentos básicos, como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios, em hospitais e farmácias do sistema público e privado. A Secretaria da Saúde de São Paulo informou que, dos 134 medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde, 22 estão em falta.
Secretarias e entidades da área de saúde apontam que a guerra na Ucrânia e o lockdown na China são fatores determinantes na queda de importação de insumos, que causa a falta de medicamentos – além do aumento do dólar, do combustível e da energia como vetores determinantes no aumento do preço da matéria-prima.
Medicamentos em falta
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) emitiu um alerta sobre a deficiência de estoques. Veja a lista divulgada dos medicamentos em falta:
- Dipirona
- Dramin
- Neostagmina
- Soro
- Imunoglobina
- Aminoglicosídeos
- Anestésicos em geral
- Ocitocina
- Celestone soluspan
- Meetronisadol
- Purisole
- Soro fisiológico
O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio (Cosems-RJ) informou que o problema de remédios esgotados afeta rede pública e privada. Veja lista:
- Acebrofilina
- Ambrisebtana
- Amicacina
- Amoxicilina
- Beclometasona
- Brimonidina Tartarato
- Brizolamina
- Budesonida
- Cefalexina
- Cetoprofeno
- Ciclosporina 100mg
- Clindamicina
- Dapaglifozina
- Delferasirox
- Dexametazona
- Dipirona
- Etanercepte 50mg
- Gentamicina
- Insulina
- Levetiracetam
- Mepolizumbe
- Neostigmina
- Ocitocina
- Oseltamivir
- Piperacilina Sódica
- Rasagilina
- Rifampicina
- Risperidona 2mg
- Rivastigmina
- Ropivacaína
- Sacarato de Hidróxido IV
- Sapropterina 100mg
- Tobramicina
- Toxina Botulínica
- Soro Fisiológico
Em Minas Gerais, faltam os remédios:
- Desmopressina
- Entacapona
- Lanreotida
- Levetiracetam
- Micofenolato de Sódio
- Rasagilina
- Rivastigmina
- Levetiracetam
- Bromocriptina
- Budesonida + Formoterol para inalação
- Clobetasol
- Complemento alimentar para fenilcetonúricos
- Danazol
- Desferroxamina
- Formoterol Cápsula
- Gosserrelina
- Rivastigmina – Solução Oral
- Sacubitril Valsartana Sódica
- Clobazam
- Ganciclovir
- Naproxeno
- Acido Zoledronico
- Amantadina
- Calcipotriol
- Gabapentina
- Isotretinoína
- Mesalazina
- Risperidona
- Hidroxicloroquina
- Primidona
- Olanzapina
- Morfina LC
- Morfina – Solução Oral
- Triexifenidil
- Bosentana
- Acido Ursodesoxicolico
- Triptorrelina
No Espírito Santo, segundo divulgado pela Farmácia Cidadã, estão em falta:
- Galantamina 16 mg (por cápsula de liberação prolongada)
- Galantamina 24 mg (por cápsula de liberação prolongada)
- Levetiracetam 250 mg (por comprimido)
- Quetiapina 25 mg (por comprimido)
- Rivastigmina 1,5 mg (por cápsula)
- Rivastigmina 3 mg (por cápsula)
- Rivastigmina 6 mg (por cápsula)
- Rivastigmina 9 mg (adesivo transdérmico)
- Dorzolamida 20 mg/mL solução oftálmica (por frasco de 5 mL)
- Gabapentina 300 mg (por cápsula)
- Leuprorrelina 3,75 mg injetável (por frasco-ampola)
- Desferroxamina 500 mg injetável (por frasco-ampola)
- Montelucaste de sódio 4 mg comprimido
- Ácido ursodesoxicólico 150mg comprimido
- Dieta Enteral Polimérica Pediátrica Padrão –
- Acitretina 25 mg (por cápsula)
No Rio Grande do Sul, relatam, inclusive na rede privada de farmácias, a deficiência dos remédios abaixo:
1. Amoxicilina
2. Prednisolona
3. Azitromicina
4. Dipirona
5. Paracetamol
6. Dexametasona
Farmácias populares e Hospitais de Santa Catarina enfrentam a mesma dificuldade em pelo menos 22 medicamentos:
- Amoxicilina 500 Mg + Clavulanato
- Amoxicilina
- Azitromicina
- Carvedilol
- Clopidogrel
- Colagenase
- Dexametasona – Oftálmica
- Dexametasona, Acetato
- Diclofenaco Sodico
- Dimenidrinato + Piridoxina
- Dipirona 500 mg
- Eritromicina
- Estrogênios Conjugados
- Fenoterol
- Goma de nicotina
- Hioscina injetável
- Nimesulida
- Nitrofurantoina
- Óleo Mineral – Solução oral
- Omeprazol
- Oseltamivir
- Paracetamol gotas
No Paraná, segundo a Secretária Estadual de Saúde e Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR), os medicamentos em falta são:
- Soro fisiológico
- Amicacina
- Alegra
- Ambroxol – Xarope infantil
- Acetilcisteína 200 mg
- Bromexina infantil
- Carbocisteína adulto e infantil
- Vibral xarope adulto e infantil
- Nimesulida comprimidos
- Dipironas
- Doralgina
- Bisolvon adulto e infantil
- Belfaren
- Sorinan
- Mutigrip
- Stilgrip
- Vick – Xarope pediátrico
- Nottus
- Dropropizina
- Seki
- Percof
- Trimebutina 200 mg
- Novalgina – Xarope
- Tylenol bebê
- Paracetamol bebê
- Predinisolonas
- Mesalazina 250 mg
- Nebacetin
- Primia Gummies Vitamina C
- Primia Gummies
- Ciprofloxacino 500 mg
- Sinot 400 mg
- Bactrim 100 ml infantil
- Maxiflox
- Astro (todos)
- Amoxicilina 250 mg
- Clavulanato + Amoxicilina
- Neostigmina
- Timoglobulina
- Imunoglobulina
- Anfotericina B Complexo Lipídico
- Tramadol
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Ceará (Sincofarma) informou que, além de escassez de polivitamínicos, xaropes e antitérmicos, o estado está com problemas no estoque de:
1. Omeprazol
2. Sinvastatina
3. Gabapentina
4. Escitalopram
5. Clonazepam
Na rede pública do Distrito Federal, são, principalmente, antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais que estão em falta.
No Pará, também há relatos da falta dos medicamentos:
1. Dekas
2. Pulmozyme
3. Salina Hipertônica
4. Alfadornase
5. Tobramicina
No Acre, foram registradas a ausência de:
1. Ibuprofeno
2. Nimesulida
3. Amoxicilina 250mg
4. Amoxicilina 500mg
5. Espironolactona
6. Loratadina
7. Tramadol
8. Carbamazepina
O que diz o Ministério da Saúde
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, disse em entrevista à CNN na última quarta-feira, 19, que a oferta de medicamentos estava equilibrada no Brasil e que foram identificados “problemas pontuais”.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que protocolou o pedido de convocação de Marcelo Queiroga à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, relatou que faltam remédios também em Goiás.
A escassez de remédios foi comunicada ao Ministério da Saúde há mais de um mês pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e por entidades médicas, mas foram ignorados pela pasta.