Médico é preso em flagrante por estuprar paciente durante cesárea
O ato foi filmado após funcionárias do hospital, que desconfiavam do comportamento do anestesista, se organizarem para expor o crime
O médico Giovanni Quintella Bezerra foi gravado por enfermeiras e técnicas ao estuprar uma paciente durante uma cesárea. O crime aconteceu no Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira, 11. A gravação serviu como prova para prisão em flagrante e ele foi indiciado por estupro de vulnerável, em que a pena varia de 8 a 15 anos de prisão.
As funcionárias já desconfiavam do comportamento do anestesista e estranhavam a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas.
As enfermeiras e técnicas responsáveis pelo flagrante relataram que, no domingo, 10, o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida não era viável.
Na terceira operação do dia, elas conseguiram, de última hora, trocar a sala, esconder o aparelho celular e confirmar o flagrante.
Pego em flagrante
No vídeo do flagrante, a paciente está deitada na maca, inconsciente. Do lado esquerdo do lençol, a equipe cirúrgica do hospital inicia a cesariana. Enquanto isso, do lado direito do lençol, a menos de um metro de distância dos colegas, Giovanni abre o zíper da calça, coloca o pênis para fora e põe na boca da grávida.
A violência continua por 10 minutos. Enquanto abusa da paciente, o anestesista tenta se movimentar pouco para que ninguém na sala perceba. Quando finaliza, pega um lenço de papel e limpa a vítima para esconder os vestígios do crime.
As autoridades vão investigar possíveis vítimas do médico anestesista.
https://twitter.com/jornaldomaranha/status/1546497065018081280
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.
Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.