Menina de 11 anos é espancada até a morte e testemunha diz que mãe batia
"Ela realmente odiava a filha", disse a testemunha do crime; criança foi encontrada na casa da irmã mais velha, deitada no colchão sob um lençol
Clara Regina, uma menina de 11 anos, foi encontrada morta no Guarujá, litoral de São Paulo, com sinais de que foi espancada. De acordo com uma testemunha que conversou com o G1, ela era a única de nove filhos que sofria agressões físicas recorrentes por parte da própria mãe.
A mãe é a principal suspeita do crime e fugiu após o homicídio, mas foi presa na manhã de quarta-feira, 25.
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Clara Regina foi encontrada morta pelos irmãos e pelo padrasto na noite de terça-feira, 24, na casa da irmã mais velha. A menina estava deitada em um colchão, coberta por um lençol, após ter sido espancada. A residência fica no mesmo terreno onde a menina morava com a mãe, o padrasto e outros irmãos. “Estava como se estivesse dormindo”, contou a testemunha, que chegou a ver o corpo.
Ela apresentava sinais de espancamento e estava em parada cardiorrespiratória. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros estiveram no local e tentaram reanimar a menina, sem sucesso. O óbito foi constatado no local.
A mãe dela, principal suspeita do crime, fugiu de casa pouco tempo depois da morte de Clara ter sido descoberta pelos familiares. “Falou para as filhas ficarem em casa que logo a polícia chegaria, porque ela ia se entregar”, contou a testemunha. No entanto, ela fugiu e só foi encontrada pela Polícia Militar no dia seguinte.
Conforme o relato da testemunha, que é próxima da família, a mãe não se dava bem com a menina. “Elas duas não se davam muito bem”, comenta. “Não sei explicar o motivo dela não gostar da filha mais nova. Ela realmente odiava a filha”. Clara seria submetida às agressões físicas pela mãe com frequência. “Apanhava com madeira, borracha. As outras filhas, geralmente, não apanhavam”.