Menina denuncia padrasto após palestra de educação sexual
Abuso infantil é crime; veja como denunciar
Uma menina de onze anos contou que estava sendo estuprada pelo padastro após assistir a uma palestra de educação sexual em sua escola, localizada em Vila Velha, Espírito Santo. O homem foi preso, de acordo com o delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As informações são da Gazeta Online.
“Ela já sofria com os abusos há um tempo, mas só conseguiu falar sobre o assunto com a professora, que denunciou o caso. A vítima inicialmente foi levada a um abrigo. Depois, foi encaminhada aos cuidados de parentes próximos e o padrasto foi detido”, disse Pazolini.
Aulas sobre educação sexual nas escolas ajudam a mostrar para as crianças o que é abuso e fazer com que elas tenham coragem para relatar o que estão sofrendo. No entanto, esse tema tem sido alvo de polêmica nos últimos meses.
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No início de novembro, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez um pronunciamento ao vivo nas redes sociais e se posicionou contra palestras sobre educação sexual nas instituições. “Quem ensina sexo é papai e mamãe e acabou, ponto final, não precisamos discutir esse assunto”, declarou.
A Escola Sem Partido, apoiada por Bolsonaro, ainda proíbe que o professor participe do “processo de amadurecimento sexual dos alunos”. O projeto deve ser votado nesta quinta-feira, 29, na comissão especial criada na Câmara dos Deputados.
Abuso infantil é crime. Saiba como denunciar caso de abuso infantil ou disque 100:
O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Por meio do 100, o usuário pode denunciar violências contra crianças e adolescentes, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares.
O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, conforme a competência, num prazo de 24h. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo. (As informações são da UNICEF)