Mensagens de app é o segundo motivo de agressão contra mulheres
No ranking da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) mensagens de aplicativos já aparecem como o segundo maior motivo de atos de violência contra mulheres. Só ficando atrás do consumo excessivo de álcool e drogas.
A delegada Mônica Areal, titular da Delegacia de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, confirma a informação. “Um juiz passou este dado numa palestra de violência doméstica, mas também vivo isso no dia a dia da delegacia. Fiquei cinco meses na Deam de Volta Redonda e lá era a mesma coisa que aqui em Nova Iguaçu. Atualmente, mensagens de WhatsApp são a segunda maior causa das agressões. Geralmente, os companheiros invadem a privacidade e leem mensagens que não gostam ou acham que estão sendo traídos. E aí, agridem, espancam e torturam por isso. Peço sempre para a mulher não ter vergonha de procurar a polícia e de denunciar. Ao notar que está num relacionamento abusivo, a mulher deve sair dele”, declarou ela em entrevista ao jornal Extra.
Comandando a delegacia de Nova Iguaçu há pouco mais de um mês, Mônica já prendeu mais de 15 homens que cometeram agressão contra suas companheiras.
- Vídeo mostra homem arremessando carrinho de supermercado em mulher
- Após denunciar ex-marido por agressão, humorista Lea Maria mostra lesões
- Estudante é estuprada e morta em festa de calouros da UFPI
- Homem é preso após manter namorada acorrentada em casa no Rio
Já a coordenadora geral das 14 Deam do Rio, Juliana Emerique explica que ameaças por meio das Redes Sociais servem como provas contra os agressores. “Eles (agressores) também ameaçam por aplicativos. Por isso, é importante guardar a mensagem como prova. Isso pode ajudar, inclusive, para uma futura medida protetiva”, alerta.
- Atualmente, só no Brasil, o número de mulheres que morrem ou são violentadas é alarmante e demanda conscientização sobre os direitos e liberdades de cada um. No período de 1 ano, entre março de 2016 e 2017, o país registrou 8 casos do crime por dia. Saiba como funciona a Central de Atendimento à Mulher – ligue 180