A greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo federal contaram com ampla adesão de trabalhadores em todo o país na manhã desta sexta-feira, dia 28. Na última quarta-feira, dia 26, a Câmara aprovou a maior mudança na legislação trabalhista desde que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) entrou em vigor, em 1943.

Manifestantes participam de ato contra as reformas trabalhista e da Previdência

O presidente Michel Temer avalia fazer um pronunciamento ainda nesta sexta-feira, caso a adesão à greve seja considerada baixa, segundo a previsão do Palácio do Planalto. Em entrevista à rádio CBN pela manhã, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, afirmou que a greve é um “fracasso”, e que os protestos que foram marcados para esta sexta vão apenas fortalecer a necessidade da reforma da Previdência.

Na maioria das capitais, houve paralisação dos meios de transportes, bancos, escolas, além de bloqueios em vias e estradas e comércios de portas fechadas.

Segundo a “Folha“, em Curitiba, Salvador e Recife, a paralisação dos ônibus foi total; em São Paulo, Rio e Belo Horizonte, foi parcial.

Em São Paulo, além dos ônibus, metrô e trens pararam desde cedo, mas, no decorrer da manhã, algumas linhas retomaram parcialmente os trabalhos. No metrô, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás estão operando totalmente. A linha 1-Azul funciona entre as estações Saúde e Luz, mas não para na Sé, que permanece fechada. A linha 2-Verde, entre as estações Ana Rosa e Vila Madalena.

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Na CPTM, a linha 7-Rubi, circula entre as estações Luz e Pirituba; a linha 8-Diamante opera entre as estações Osasco e Barra Funda; a linha 9-Esmeralda, entre as estações Jurubatuba e Pinheiros; a linha 10-Turquesa tem circulação parcial entre Tamanduateí e Brás; a linha 11-Coral segue entre as estações Tatuapé e Luz e a linha 12-Safira funciona as estações USP Leste e Brás.

Os ônibus continuam parados, com funcionamento apenas no sistema local, de micro-ônibus.

Os aeroportos funcionam normalmente, apesar de protestos. O rodízio municipal de veículos foi suspenso, assim como as vagas de Zona Azul.

Na capital paulista, ao menos 16 pessoas foram detidas suspeitas de vandalismo durante protestos, informa a CBN.

O trânsito também foi alterado pela greve: segundo a rádio CBN, por volta das 7h30, 90 km de congestionamento, mas, no início da tarde, foi registrado apenas 1 km de lentidão.

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