Ministro da Saúde minimiza as 600 mil mortes por covid no Brasil
Marcelo Queiroga, voltou a afirmar que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e fez uma comparação esdruxula com o uso da camisinha
O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira, 8, marca das 600 mil mortes por covid-19. O triste número foi relativizado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante evento em Brasília.
“Só doença de coração são mais de 380 mil [óbitos] todos os anos”, disse o ministro ao ser questionado sobre o que faltou nas ações do governo federal para evitar tantas vidas.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes em pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.
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“Em primeiro lugar, só de doença do coração são 380 mil [mortes] todos os anos. Se contar no mesmo período [março de 2020, quando houve a primeira morte por covid no país], nós teríamos também cifras alarmantes. Câncer também tem elevada incidência de óbitos”. E a Covid-19 é uma emergência sanitária internacional que levou a óbitos em todos os locais do mundo”, tentou justificar o ministro.
Marcelo Queiroga também atribuiu parte dessa responsabilidade a governadores e prefeitos, ao afirmar que o combate ao vírus é uma “tarefa de todos nós”.
Uso de máscara é igual camisinha
No mesmo evento, o ministro Marcelo Queiroga, voltou a afirmar que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e fez uma comparação esdruxula com o uso da camisinha.
Para defender seu argumento, o ministro disse que o “problema não é máscara, são narrativas que não se sustentam”.
“Preservativo diminui doenças, mas vou fazer uma lei pra obrigar o uso?”.
O ministro da Saúde também anunciou que o governo federal prevê aplicar uma dose contra covid no público de 18 a 60 anos em 2022.
Já pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos devem receber duas doses do imunizante.