Ministro da Saúde minimiza as 600 mil mortes por covid no Brasil

Marcelo Queiroga, voltou a afirmar que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e fez uma comparação esdruxula com o uso da camisinha

08/10/2021 23:53

O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira, 8, marca das 600 mil mortes por covid-19. O triste número foi relativizado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante evento em Brasília.

“Só doença de coração são mais de 380 mil [óbitos] todos os anos”, disse o ministro ao ser questionado sobre o que faltou nas ações do governo federal para evitar tantas vidas.

 
  - Myke Sena/MS

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes em pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Em primeiro lugar, só de doença do coração são 380 mil [mortes] todos os anos. Se contar no mesmo período [março de 2020, quando houve a primeira morte por covid no país], nós teríamos também cifras alarmantes. Câncer também tem elevada incidência de óbitos”. E a Covid-19 é uma emergência sanitária internacional que levou a óbitos em todos os locais do mundo”, tentou justificar o ministro.

Marcelo Queiroga também atribuiu parte dessa responsabilidade a governadores e prefeitos, ao afirmar que o combate ao vírus é uma “tarefa de todos nós”.

Uso de máscara é igual camisinha

No mesmo evento, o ministro Marcelo Queiroga, voltou a afirmar que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras e fez uma comparação esdruxula com o uso da camisinha.

Para defender seu argumento, o ministro disse que o “problema não é máscara, são narrativas que não se sustentam”.

Ministério da Saúde planeja aplicar dose de reforço contra covid em toda a população em 2022
Ministério da Saúde planeja aplicar dose de reforço contra covid em toda a população em 2022 - © Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

“Preservativo diminui doenças, mas vou fazer uma lei pra obrigar o uso?”.

O ministro da Saúde também anunciou que o governo federal prevê aplicar uma dose contra covid no público de 18 a 60 anos em 2022.

Já pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos devem receber duas doses do imunizante.