Modelo Anna Figueiredo denuncia ex-namorado após ser espancada

"Só Deus sabe como foram os momentos de desespero e pavor por pensar que iria morrer de tanto ser agredida", disse a jovem

28/07/2021 12:48

ALERTA GATILHO!

A modelo Anna Figueiredo denunciou que foi espancada pelo ex-namorado, o empresário identificado como Vitor Hugo. Segundo ela, a motivação teria sido ciúmes. Em seu perfil no Instagram, Anna compartilhou as fotos de seu corpo cheio de marcas e hematomas e descreveu uma série de agressões.

“Eu me lembro dos momentos como se estivesse revivendo agora, a cada momento. Com socos na cara, chutes, tapas e mais tapas na cara, arrastões pelo chão como se eu fosse um saco de lixo, ser jogada contra a parede e ter a minha cabeça batida contra a parede e mais e mais socos, tapas. Ser jogada na cama e enforcada até mal conseguir respirar, ver tudo preto, parar de ouvir som e ser ‘acordada’ com mais agressão… Com o rosto inchado, sangrando, chorando e suplicando um PARA”, relatou a modelo.

Modelo Anna Figueiredo denuncia ex-namorado após ser espancada
Modelo Anna Figueiredo denuncia ex-namorado após ser espancada - reprodução/Instagram/annavfigueiredo
Anna Figueiredo publicou fotos do corpo cheio de hematomas
Anna Figueiredo publicou fotos do corpo cheio de hematomas - reprodução/Instagram/annavfigueiredo

Em uma das publicações, a modelo expõe um áudio que seria do ex dizendo que “faltou agressão para aprender a ser mulher”.

A violência foi registrada em uma delegacia de Niterói no começo do mês, mas só agora a vítima tornou o caso público para tentar ajudar outras mulheres que passam por situações parecidas.

O relato da modelo viralizou e muitos famosos demonstraram apoio a ela. O jogador Neymar foi um deles, que chegou a repostar o desabafo de Anna em sua rede social.

Anna Figueiredo ganhou apoio nas redes sociais após relatar violência
Anna Figueiredo ganhou apoio nas redes sociais após relatar violência - reprodução/Instagram/annavfigueiredo

Veja o relato de Anna Figueiredo:

“Hoje eu acordei super reflexiva. Fiquei de explicar o que hoje comigo durante essas últimas semanas e senti vergonha. Fiquei com o psicológico super abalado, estagnada, ainda tentando entender e digerir tudo. Esse ano não tem sido fácil, mas eu tenho certeza que lá na frente, Deus me mostrará o sentido das coisas.

Eu passei por uma das piores situações da minha vida. Uma situação que nem nos meus piores pesadelos eu imaginava viver algum dia. Desde, então, meus últimos dias após o acontecimento, tem sido muito difíceis… Me senti paralisada/estagnada/estacionada, morrendo de medo, apavorada, morrendo de medo, apavorada, envergonhada, me sentindo fraca, pequena, burra e sozinha no meio de uma escuridão sem fim.

Passando noites em claro, sem conseguir dormir atormentada, tendo crises de pânico e choro do nada ao lembrar de tudo que senti e vivi naqueles momentos. Acordar suando frio após cochilar e não ter um sono em paz sem ter pesados já virou rotina nesses últimos dias. As cenas, os flashes, não saem da minha cabeça.

Eu literalmente não estou conseguindo lidar. Meus amigos, minha família e todas as pessoas que me amam e estão ao meu lado tem sido a minha única fortaleza! Só Deus sabe como foram os momentos de desespero e pavor por pensar que iria morrer de tanto ser agredida! E só Deus sabe também o quanto é difícil estar expondo isso aqui.

Eu me lembro dos momentos como se estivesse revivendo agora, a cada momento. Com socos na cara, chutes, tapas e mais tapas na cara, arrastões pelo chão como se eu fosse um saco de lixo, ser jogada contra a parede e ter a minha cabeça batida contra a parede e mais e mais socos, tapas. Ser jogada na cama e enforcada até mal conseguir respirar, ver tudo preto, parar de ouvir som e ser ‘acordada’ com mais agressão… Com o rosto inchado, sangrando, chorando e suplicando em PARA!.”

Como denunciar violência doméstica?

Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

É ou conhece alguém que sofre qualquer tipo de violência? Saiba onde e como denunciar:

Disque 180

O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.

Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.