Morador de rua recebe carne crua para comer em Santos e indigna web
“Ele disse que não comia aquilo. A pessoa que jogou disse ‘não come gordurinha? Então, dá para o cachorro'”, contou a jovem que denunciou o caso na web
A foto de um morador de rua com um pedaço de carne crua nas mãos causou indignação na internet, nesta sexta-feira, 25. Segundo uma jovem estudante, que preferiu não ser identificada, publicou em seu perfil no Facebook, o alimento, impróprio para consumo, teria sido entregue por um suposto funcionário de uma empresa fornecedora de alimentos, em Santos, no litoral do estado de São Paulo.
Em entrevista ao G1, a jovem contou que havia comprado alimentos em um supermercado para dar ao morador de rua e ao sair do estabelecimento, para entregar os produtos ao homem, viu o suposto funcionário jogar a carne crua ao senhor.
“Ele [morador de rua] disse que não comia aquilo. A pessoa que jogou disse ‘não come gordurinha? Então, dá para o cachorro’”, contou a jovem.
Após o ocorrido, a estudante postou a foto com o relato nas redes sociais. Ela também contou que procurou os funcionários do supermercado, para identificar qual seria a empresa fornecedora, mas no estabelecimento foi informada que não receberia nenhuma informação.
Confira a publicação na íntegra:
Apuramos os fatos relatados pela cliente sobre um suposto fornecedor ter entregue carne crua a um senhor em situação de rua.
O caminhão parou na esquina, cerca de 40 metros da nossa loja, e em nossas câmeras de monitoramento não é possível identificar a entrega da carne (sebo) para o senhor conforme relatado.
Questionamos o fornecedor que fez entrega nesse dia e o mesmo contatou seu motorista e entregadores, que afirmaram não oferecer ou entregar carne ao senhor que estava na rua. Embora, fomos informados que é comum algumas pessoas, ao verem os caminhões, pedirem mercadorias aos entregadores.
Seria irresponsável acusarmos sem provas uma pessoa ou difamar pela mídia social a pessoa ou empresa!
O que podemos afirmar é que não foi fornecido nenhum produto in natura ou impróprio para o consumo por parte do mercado ou em suas dependências, e seria leviano e irresponsável acusar uma empresa fornecedora sem nenhum tipo de prova.
Praticamos sim a empatia, e pedimos o mesmo em relação à empresa e aos nossos colaboradores que servem a comunidade com muito respeito e cordialidade.
Finalizamos informando que praticamos habitualmente doações à ONGs e instituições de apoio social e daremos assistência a esse senhor que se encontra em situação de rua.