Moradores de Marsilac vão ganhar linha de ônibus com tarifa zero

Segundo a SPTrans, o projeto aguarda apenas um laudo da Cetesb para ser implementado

Depois da pressão de moradores por transporte no extremo sul de São Paulo, a Prefeitura deve implementar linhas de ônibus gratuitas em Marsilac, distrito que pertence à subprefeitura de Parelheiros.

“A ideia é fazermos projetos-piloto com as linhas solicitadas da maneira como a comunidade entende que é o correto e vamos monitorar para saber o que está acontecendo. De acordo com os resultados vamos adaptando até dar uma resposta”, afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT) em comunicado da SPTrans.

Segundo o órgão, o grupo de moradores que se reuniu com Haddad reivindicou a implantação de três linhas de ônibus e melhorias nas vias de Marsilac, Barragem e Bosque do Sol. Por estarem em uma região de preservação ambiental, inicialmente as medidas terão caráter provisório e serão acompanhadas pelo poder público, pela comunidade local e pelos órgãos de preservação ambiental. Esta ação servirá principalmente para avaliar possíveis aumentos no adensamento nas regiões beneficiadas.

Sem infra-estrutura de transporte, quem mora em Marsilac pode demorar até 9 horas para fazer o trajeto de ida e volta até o centro de SP

Em Marsilac, o estudo realizado para a implantação da linha de ônibus necessária para integrar os cerca de 1.800 moradores da região foi aprovado pela Associação de Proteção Ambiental (APA) e agora aguarda apenas um laudo da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) para que comece a operar.

Por ser uma linha que funcionará inicialmente em caráter experimental, utilizada apenas pelos moradores da região, a ideia é que os usuários sejam cadastrados para que não haja a cobrança da tarifa.

Histórico de luta

O movimento Luta do Transporte no Extremo Sul invadiu uma aula do prefeito na Universidade de São Paulo para pedir a criação de linhas de ônibus na região. A comunidade já havia criado uma linha experimental durante três dias com tarifa zero. O serviço foi custeado com dinheiro arrecadado em eventos na região.

A manifestação aconteceu no fim de abril, durante uma aula na USP