Moradores de rua relatam falta de vagas em abrigos da prefeitura

Para ajudar, basta ligar 156, informar o endereço e descrever a pessoa em situação de rua

Na semana mais fria do ano em São Paulo, inúmeros são os relatos de moradores de rua que alegam falta de vagas em abrigos da Prefeitura de São Paulo. O indicado nestas situações é que, em dias de temperaturas abaixo dos 13º, os moradores se protejam procurando centros de acolhida.

É o que destacou reportagem feita pelo portal G1, que escutou o depoimentos de algumas das cerca de 16 mil pessoas que se espalham pelas ruas da capital paulista. A exemplo do desempregado Cleber Cavalcanti. “Tá bem complicado. Tem muita gente. Você vai nos lugares, nos albergue aí você vê fila de pessoas dormindo na rua, assim, na calçada. É uma grande espera. O máximo q eu tô conseguindo é um ali na Luz q eu vou lá, entro, tomo um banho, como alguma coisa no meio-dia e depois saio.

Sem encontrar vaga em abrigo na noite da última quinta-feira, 12, Jhonny Cássio Figueiredo buscou refúgio em frente ao abrigo da Rua Riachuelo, no Centro da capital – que conta com cem lugares, mas apenas 98 foram ocupadas porque duas camas estavam sem colchão. “Hoje eu não consegui encontrar nenhum. Por isso que estou aqui na frente”.

Pessoa em situação de rua dorme na rua São Luís, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil
Pessoa em situação de rua dorme na rua São Luís, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Jhonny conta que ficou aguardando a van da Prefeitura passar. “Espero sim. A esperança é a última que morre e estamos aqui por enquanto”, disse.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) informa que na madrugada desta sexta-feira (13) foram acolhidas 165 pessoas, por meio da Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS).
Na região da Sé, três equipes de abordagem acolheram 41 pessoas, às 21h, e em uma segunda abordagem, feita à 1h da manhã, mais 4 pessoas foram acolhidas.

A Smads informa que para obter vaga nos abrigos basta que o morador em situação de rua aceite o acolhimento oferecido pela Prefeitura. Nessa primeira abordagem é preenchida somente uma ficha simples de identificação com os dados básicos da pessoa. Chegando ao abrigo o morador pode tomar banho, comer e dormir e apenas no dia seguinte ele preenche um cadastro mais completo para controle das equipes de atendimento”, diz a nota.