Morte do policial trans Popó Vaz está sendo investigada pela polícia
A morte de Popó mobilizou várias entidades ligadas às causas LGBTQIA+
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou, nesta terça-feira, que a morte do policial civil trans e influencer Paulo Vaz, de 36 anos está sendo investigada. Ele era casado com o youtuber Pedro HMC. A morte dele foi divulgada pelo perfil da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) na última segunda-feira, 13.
“O caso foi registrado como morte suspeita pelo 77º DP e é investigado. A autoridade policial solicitou perícia ao local e exames à vítima para confirmar a causa da morte. Diligências estão em andamento visando ao esclarecimento dos fatos. Mais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial”, diz a nota da SSP.
Paulo ficou conhecido por ser um dos poucos homens transexuais que atuavam na polícia. Ele era investigador da Policial Civil desde abril de 2018, na região da Grande São Paulo. O agente foi um dos apoiadores do policial militar Leandro Prior, que sofreu ataque homofóbico por aparecer num vídeo fardado beijando outro homem.
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Nas redes sociais, a morte de Paulo foi lamentada por diversas entidades ligadas à comunidade LGBTQIA+. Muitos lembraram os ataques homofóbicos sofridos pelo policial durante o último final de semana. Ele e o marido — que tinham um relacionamento aberto — se tornaram um dos assuntos mais comentados do Twitter depois de um vídeo íntimo de Pedro com um homem ser vazado na internet.
Na última publicação de Paulo no Instagram, há quatro dias, dezenas de pessoas deixaram comentários lamentando a morte precoce do influenciador digital.