Mortes de gays colocam comunidade LGBTQIA+ em alerta em SP
Nos últimos meses, três pessoas foram encontradas mortas com sacos plásticos na cabeça
A morte de um estudante de administração de 25 anos na semana passada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, colocou a comunidade LGBTQIA+ em alerta.
Wellington Henrique Cirino Cardoso, que era gay, foi encontrado morto em seu apartamento com a cabeça coberta por sacos plásticos e o pescoço amarrado com uma camiseta e o fio de um carregador de celular. De acordo com a polícia, o corpo tinha sinais de asfixia.
Segundo reportagem do UOL, a comunidade LGBTQIA+ paulista está preocupada com a hipótese de haver alguma conexão entre o caso de Wellington e a morte de dois homens, um deles também gay, encontrados com sacos plásticos na cabeça em setembro do ano passado.
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Ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou não haver até o momento ligações com os três assassinatos.
Casos semelhantes
O primeiro caso foi o do ator Luiz Carlos Araújo, de 42 anos, que participou da novela “Carinha de Anjo”, do SBT, encontrado por amigos na cama com um saco plástico na cabeça.
No entanto, laudo da necropsia revelou que a morte do ator, que era gay assumido, foi causada por asfixia acidental. A família não acredita nesta hipótese.
Nove dias depois, o gerente de lojas Luiz Henrique Giurno, de 39 anos, foi encontrado morto em um quarto de hotel na Mooca, na zona leste, com dois sacos plásticos na cabeça.
As investigações da polícia trabalham com a hipótese de suicídio devido ao histórico do gerente de lojas.
Apesar de não haver relatos sobre as vítimas terem encontrado com pessoas que conheceram em aplicativos de relacionamento, a Catraca Livre compartilha dicas de segurança para caso você queira se encontrar com alguém que conheceu no app:
- Não marque o encontro diretamente na sua casa ou na casa da pessoa. Busque conhecê-lo(a) em local público e movimentado;
- Compartilhe informações da pessoa com quem você vai sair para amigos próximos. Nome, foto, contato e local do primeiro encontro;
- Tente descobrir as redes sociais da pessoa antes de conhecê-la pessoalmente. Neste caso, stalkear seria uma medida de segurança, e não mera curiosidade;
- Evite ingerir bebida alcoólica em excesso ou fazer uso de entorpecentes no primeiro encontro. É importante você estar sóbrio para conseguir reagir a qualquer possibilidade de ameaça;
- Caso sofra homofobia ou qualquer tentativa de agressão física, denuncie! Saiba como aqui,