Mulher comemora morte de marido: ‘Não apanho mais’
Joélia fez uma festa após saber da notícia
Uma mulher chamada Joélia ganhou fama nas redes sociais nos últimos dias, após comemorar a morte de seu marido por atropelamento.
A baiana, moradora da cidade Alto do Santo Antônio, na Bahia, revelou que era vítima de violência doméstica e ficou aliviada com o fim que seu parceiro levou.
Em entrevista concedida à rádio Voz da Bahia e compartilhada no Youtube, Joélia contou que fez questão de celebrar a notícia.
“Comprei uma caixa de cerveja, um som e fiz uma festa […] Agora não apanho mais dele”, declarou.
Nas redes sociais, muitos se sensibilizaram com a história da mulher e reforçaram a importância de denunciar o agressor à Justiça.
Assista à entrevista abaixo:
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.
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