Mulher denuncia estupro coletivo em hotel de estância turística

A polícia liberou três suspeitos do crime depois do depoimento

03/01/2021 16:28

Uma mulher de 44 anos registrou boletim de ocorrência afirmando ter sofrido um estupro coletivo em um hotel de Caldas Novas (GO), na sexta-feira, 1º.  Segundo relato, três rapazes teriam dado uma bebida a ela. A vítima “apagou” e acordou no outro dia com marcas e dores pelo corpo.

Mulher denuncia estupro coletivo em hotel de Caldas Novas (GO)
Mulher denuncia estupro coletivo em hotel de Caldas Novas (GO) - Pexels/Pixabay

A Polícia Civil ouviu os três suspeitos do crime, que foram liberados após depoimento. O caso será investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Como agir em caso de estupro

Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.

É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).

A vítima foi levada por um grupo de 12 homens para um matagal e violentada
A vítima foi levada por um grupo de 12 homens para um matagal e violentada

Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.

Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.