Mulher que denunciou jogador do Cuiabá por agressão posta foto com ferimentos
No momento das agressões, ela estava com Clayson Henrique da Silva Vieira num hotel em Cuiabá, junto com mais dois homens e duas outras mulheres
A jovem de 22 anos que foi internada na última terça-feira, 7, após sofrer agressão em um motel de Cuiabá postou uma foto no Instagram mostrando o pescoço com os ferimentos.
O suspeito de ter agredido a jovem é o jogador de futebol do Cuiabá Esporte Clube, Clayson Henrique da Silva Vieira, de 26 anos. Em nota, o Cuiabá Esporte Clube afirma que a conduta do jogador Clayson é não é aceitável e comunicou a saída dele do clube.
“Ao confrontar os jogadores, a direção ouviu a confissão da participação de Clayson no lamentável episódio”, diz o clube.
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“O Cuiabá lamenta profundamente o ocorrido e já informou Claysson que sua conduta extracampo é inaceitável e que encerrará seu vínculo imediatamente. O atleta, que pertence ao E.C. Bahia, foi excluído ontem mesmo do grupo que enfrenta hoje o Santos, na Vila Belmiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.”
O jogador, que ainda não se pronunciou sobre o caso, deve voltar para o Esporte Clube Bahia.
O encontro
Para a polícia, a jovem contou que estava em um motel, com três homens, um deles sendo o jogador de futebol, e mais duas mulheres. Ainda de acordo com a ocorrência, em determinada situação, Clayson teria quebrado uma garrafa e na sequência teria a agredido.
A jovem disse ainda que depois da agressão, ela pegou um carro de transporte por aplicativo e foi para o hotel, que fica anexo à uma balada de Cuiabá. No lugar, ela teria ingerido remédio para dormir e cortado os pulsos e pescoço com uma garrafa.
Nessa última quarta-feira, 8, a polícia foi até o hospital, onde ela está para obter mais informações.
A Polícia Civil informou ao G1 que o caso deve ser apurado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá e que a vítima já depôs.
Se mete a colher, sim!
Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.
Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.
Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.
Mas como denunciar violência doméstica?
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
É ou conhece alguém que sofre qualquer tipo de violência? Saiba onde e como denunciar:
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.