Mulher filma homem tentando se masturbar perto dela no trem no RJ
Vídeo de Larissa Almeida denunciando assédio sexual viralizou nas redes sociais
Larissa Almeida, de 21 anos de idade, usou as redes sociais para denunciar um homem por assédio sexual no Rio de Janeiro (RJ). O acusado se sentou diante dela no trem, no ramal Japeri, e tentou se masturbar, mas a moça se levantou e gritou para impedi-lo.
Indignada, a vítima gravou toda a intervenção e fez Boletim de Ocorrência na 63ª Delegacia de Polícia de Japeri por importunação sexual.
“Você é um moleque! É isso que você é! Enquanto as mulheres não abrirem a boca, você vai continuar fazendo isso. Tá com vergonha?”, gritou Larissa na gravação, em que mostra o homem tentando esconder o rosto com a mochila.
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O acusado chegou a dizer que tem uma filha de 2 anos, usando isso para se defender da acusação, mas Larissa disse que o fato de ela ser mãe fez com que ela não se intimidasse. “Eu tenho vergonha pela minha filha que pode passar por isso por um monstro como você. Amanhã pode ser a sua filha”, gritou a vítima.
“Eu sofri um assédio dentro do trem porque nós mulheres, infelizmente, passamos por isso todos os dias. Ontem, diferente de muitas vezes, eu decidi não me calar. Foi a primeira vez depois que a minha filha nasceu, e eu só pensava nela”, disse Larissa em depoimento enviado à TV Globo.
Entrevistada pelo Encontro com Fátima Bernardes nesta quarta-feira, 8, Larissa contou que chegou a ser seguida pelo homem quando deixou o trem, mas encontrou por acaso um amigo que conversou com o homem.
“[…] E o mesmo afirmou: ‘Somos homens, né, amigo? Acontecem essas coisas’. Meu amigo se alterou”, completou ela dizendo que a polícia chegou ao local no momento em que a briga começou e levou o acusado para a delegacia.
À Patrícia Poeta, substituta de Fátima na atração matinal, Larissa contou que está sendo ameaçada pela esposa do assediador.
“Fui ameaçada pela esposa do rapaz. Ela falou isso numa rede social. Ela falou que, pela segunda vez, isso aconteceu por engano. Pela segunda vez estão cometendo essa injustiça com ele.”
VEJA COMO DENUNCIAR
Atenção: A culpa NUNCA é da vítima!
Insinuar que a culpa da violência sofrida pode ser da própria vítima faz com que muitas mulheres não busquem ajuda por medo de serem culpabilizadas. Além disso, tais afirmações diminuem a responsabilidade do agressor, como se ele fosse incapaz de controlar seu próprio comportamento.