Mulher que postou vídeo fake de caixão vazio pode ser presa por 9 anos

Segundo a polícia, a mulher pode ser condenada por denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e propagação de tumulto e alarme

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira, 5, que a autora do vídeo falso em que aparecem caixões cheios de pedras e madeira no lugar de supostas vítimas do novo coronavírus, em Belo Horizonte, poderá responder por três crimes e ser condenada a até nove anos de prisão.

Mulher que postou vídeo fake de caixão vazio pode ser presa por 9 anos
Créditos: Agência Brasil
Mulher que postou vídeo fake de caixão vazio pode ser presa por 9 anos

Tanto a Polícia Civil quanto a prefeitura de Belo Horizonte afirmam que o conteúdo do vídeo é falso. Em conversa com jornalistas, nesta terça-feira, o delegado-geral Wagner Sales disse que a autora do vídeo pode ser condenada a até nove anos de prisão por denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e propagação de tumulto e alarme.

“É preciso que a população se conscientize de que as atitudes no mundo virtual têm consequências no mundo real”, disse o delegado.

Após a coletiva, o advogado da mulher divulgou uma nota com pedido de desculpas. Alexsander Pereira disse que a cliente, Valdete Zanco, “está muito abalada” e que já foi ouvida na Delegacia de Jacutinga na segunda-feira (4). A Polícia Civil não confirma a informação.

Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu”, disse o advogado em nota.

Na nota, o advogado disse que ela teria visto no Facebook a história dos caixões com pedras e pedaços de pau no lugar das supostas vítimas do novo coronavírus. E que, no mesmo dia, um cliente de sua loja teria comentado sobre o fato.

Por isso, segundo a nota, ela resolveu fazer um vídeo e compartilhar apenas com a família. “Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação”, informou o advogado.

Com informações da Agência Brasil e do G1.