Mulher queimada pelo ex no Espírito Santo tem perna amputada
A vítima está internada em estado crítico, segundo os familiares
Marciane Pereira dos Santos, que está internada desde o começo do mês após ter sido queimada pelo ex no Espírito Santo, teve uma das pernas amputadas, em decorrência da má circulação sanguínea. A vítima continua hospitalizada e o homem, preso.
De acordo com informações policiais, o agressor é cadeirante e teria confessado o crime.
Internada há mais de 20 dias, o estado de saúde de Marciane é considerado “crítico”, segundo contou ao G1 os familiares da diarista.
A mulher continua em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Jayme dos Santos Neves, em Serra.
A família pede doações de sangue para Marciane que ainda tem muita febre e corre o risco de perder as mãos por causa da má circulação do sangue.
O crime de feminicídio foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) que pediu para que André Luiz dos Santos continue preso até o fim do processo.
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.