Mulheres acusam vereador Gabriel Monteiro de estupro: ‘Arma na cabeça’
"Colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta", contou vítima. Gabriel se recusava a usar camisinha e insistia em filmar a mulher
Após a Polícia Civil abrir investigação contra o youtuber, ex-PM e vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, para apurar denúncias de assédio e importunação sexual contra ex-funcionários , o Fantástico, da TV Globo, revelou ontem novas denúncias de estupro contra ele.
“Colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta”, contou uma das mulheres vítimas de Gabriel Monteiro. “Tava me machucando. Tava sangrando. Ele não parava”, disse outra ao acusar o vereador por estupro.
Uma terceira vítima contou que presenciou Gabriel ameaçando e espancando uma outra mulher e, em seguida as duas foram chamadas para ter relações sexuais com ele. Na época, a jovem que denunciou ao Fantástico tinha apenas 16 anos.
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“Ele veio em cima dela, deu um tapa na cara dela, agarrou pelo pescoço e mandou ela calar a boca”, e completou: “Ele simplesmente pegou a arma que tinha na cintura e botou na cabeça dela”.
“Eu implorando pra ele parar, ele afundou a minha cara no travesseiro encostado na parede. Minha mãe começou a me ligar na hora. Ele foi e pegou meu telefone, tirou a bateria, escondeu meu celular embaixo da cama”, narra a jovem. O homem teria continuado, mesmo com os pedidos da vítima para que ele parasse.
Ao fim, o vereador ainda perguntou se “teria sido bom”. Ao ouvir da jovem que iria denunciá-lo, Gabriel Monteiro teria dito que o Estado não acreditaria nela. Esta caso teria acontecido antes do ex-PM se tornar parlamentar.
Assim como na primeira denúncia, que deu origem a investigação da polícia, as relações denunciadas ao Fantástico começaram de forma consensual, mas acabaram em abuso, estupro.
Gabriel Monteiro não deu entrevista, mas respondeu, em nota, dizendo que se trata de “uma acusação frágil, sem datas, nomes, documentos ou qualquer outro indício de materialidade”, e nega “categoricamente ter cometido qualquer crime desta e de qualquer outra natureza”.
O que fazer caso você seja vítima de assédio sexual ou estupro
O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há crime! Não importa qual roupa você vista, de que modo você dance ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.
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