‘Não a educarei para ser princesa’, diz Carol Castro sobre filha

08/03/2017 19:01

#DiadaMulher também é dia da menina

É inegável o alcance que um determinado assunto alcança quando uma personalidade pública se posiciona sobre ele. Quando uma figura de apelo nacional resolve fazer isto em um dia de luta, então, a repercussão é ainda maior e mostra a importância de dar espaço a assuntos frequentemente invisibilizados pela mídia.

Nesta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, a atriz Carol Castro usou o espaço de seu Instagram para defender a luta da mulheres e a importância de educar as crianças para a igualdade.

Grávida de sua primeira filha – que vai se chamar Nina -, ela defende a união nas pautas de desconstrução de gênero e afirma que não vai criá-la para repetir estereótipos. “Eu não a educarei para ser uma princesa, isso ela já é”, disse a atriz. O texto faz um apelo à união de todos – homens e mulheres – na luta contra a desigualdade.

“Somos iguais, sim. E merecemos essa igualdade. Esse respeito. Esse reconhecimento. Pelo o que somos, pelo o que representamos e pelo o que lutamos. Sem radicalismos. Sem separatismo. Vamos juntas e juntos. Homens e mulheres. Ensinemos isso para nossas crianças. Esse caminhar junto. Diferentes, sim, no corpo, mas iguais nos direitos e deveres.”

“Somos iguais, sim. Ensinemos isso às nossas crianças”, pede a atriz em sua homenagem à mulher.
“Somos iguais, sim. Ensinemos isso às nossas crianças”, pede a atriz em sua homenagem à mulher.

Leia o depoimento da atriz na íntegra:

“Sim. Carrego uma mulher no meu ventre. Que honra! Que bênção… E não a educarei para ser uma princesa. Isso, ela já é por natureza. Afinal, somos todas rainhas… A ensinarei sim, a ser uma guerreira. O que ela, também, já é por natureza. Mas isso sim, não pode jamais ser esquecido. Ou ser deixado de lado. Essa garra…a coragem, o amor como princípio… A lutar. Sem passar por cima de ninguém. Sem perder a ternura. Mas com a força feminina que, só nós mulheres, sabemos o que é”, escreveu a atriz, que está no quarto mês de gestação.

“Nosso corpo sabe. Ele nos lembra todo mês. Com as luas e marés. Com a natureza nos fazendo sangrar. Pra nunca esquecer que podemos criar e o que podemos suportar. Isso é o que nos difere dos homens. O nosso corpo. Nosso templo sagrado. Esse centro energético de criação. Esse núcleo de Vida e da Vida. Nas tarefas mundanas, no trabalho, na vida lá fora…somos iguais, sim. E merecemos essa igualdade. Esse respeito. Esse reconhecimento. Pelo o que somos, pelo o que representamos e pelo o que lutamos. Sem radicalismos. Sem separatismo. Vamos juntas e juntos. Homens e mulheres. Ensinemos isso para nossas crianças. Esse caminhar junto. Diferentes, sim, no corpo, mas iguais nos direitos e deveres. Com a força da delicadeza , tudo dá certo. E que assim seja… São todos os dias. Todas as horas. Todos os segundos.

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