O que o pai da vítima disse sobre o pai do atirador de Aracruz

A família de Selena Sagrillo, de 12 anos, morta com um tiro no peito, vai à Justiça para que o pai do atirador seja responsabilizado; entenda

28/11/2022 13:33

Érick Serafim Zuccolotto, pai da vítima mais jovem do ataque a escolas em Aracruz, no Espírito Santo, disse que a família vai lutar na Justiça para que o pai do atirador seja responsabilizado pelo crime.

O que o pai da vítima disse sobre o pai do atirador de Aracruz
O que o pai da vítima disse sobre o pai do atirador de Aracruz - Reprodução/Instagram

Érick era pai de Selena Sagrillo, de 12 anos, assassinada com um tiro no peito em meio ao ataque no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC). O atirador, de 16 anos, utilizou duas armas do pai, policial militar no Estado, e estampava uma suástica nazista em uma roupa militar.

Quatro pessoas foram assassinadas, sendo uma estudante e três professoras, e sete continuam hospitalizadas.

“O mínimo do mínimo que a gente vai buscar agora é justiça. E é sim um menor, mas o pai é o responsável, os pais são os responsáveis por criar o monstro que criaram. Esse menino, ele levava uma suástica no braço, ele claramente tinha muito ódio no coração, e isso não é algo que surge da noite para o dia”, falou o pai de Selena em vídeo enviado para a TV Gazeta, afiliada da Globo.

Érick Serafim contou ainda que foi uma tortura tentar descobrir se a filha estava viva, além de todo o trâmite burocrático no IML, para conseguir retirar a corpo de Selena e enterrá-lo.

O representante comercial relatou que buscou o nome da filha na lista da ambulância e em diversos hospitais. Quando ligou para o pai, teve conhecimento que a filha estava morta. O pai foi avisado por outro docente que testemunhou o ataque a tiros.

“Eu vi parte do corpo caído dentro da sala, logicamente não deixaram a gente chegar perto, era uma cena de crime, precisava da perícia. Nós ficamos na escola até o momento que o corpo foi levado”, falou o pai de Selena.

“Começou a segunda parte da minha tortura, em que eu precisei ir para Vitória (ES) reconhecer o corpo da minha filha, deitada naquela mesa gelada, morta… Fazer todo o processo burocrático que não é nada humanizado”, contou o pai, ainda chorando.