“O que eu tenho a ver?”, diz Bolsonaro sobre assassinato de petista

Para o presidente, ele nao tem nada a ver com o assassinato do militante, Marcelo Arruda, durante sua festa de aniversário com temática do PT

11/07/2022 18:04

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 11,  que não tem “nada” a ver com o assassinato do militante petista, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, na noite de sábado, 9, por um bolsonarista.

“O que eu tenho a ver?”, diz Bolsonaro sobre assassinato de petista
“O que eu tenho a ver?”, diz Bolsonaro sobre assassinato de petista - Reprodução/Twitter e Agência Brasil/Marcelo Casal Jr

“Agora, o que eu tenho a ver com esse episódio de Foz Iguaçu? Nada”, disse Bolsonaro, em entrevista no Palácio do Planalto.

Bolsonaro foi perguntado se o clima político do país não favorecia situações como essa de acontecer e o presidente disse ser “contra qualquer ato de violência”.

“Somos contra qualquer ato de violência. Eu já sofri um (ato) disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado. É do lado de lá”, afirmou Bolsonaro.

O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto na noite de sábado pelo agente penal José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

O petista comemorava seu aniversário em uma festa com a temática do PT.

Antes de dizer que nada tinha a ver com o assassinato, Bolsonaro havia minimizado o caso, dizendo que o que aconteceu em Foz do Iguaçu se tratava de uma “briga de duas pessoas”. Ele reclamava de quem se referia ao assassino como ‘bolsonarista’.

Bolsonaro ainda quis relembrar a facada de 2018. Segundo ele, “ninguém fala” que Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada, “é do PSOL”. Adélio foi filiado ao partido entre 2007 e 2014. Informação amplamente divulgada na imprensa.

“Vocês viram o que aconteceu ontem, uma briga de duas pessoas, lá em Foz do Iguaçu. “Bolsonarista”, não sei o que lá. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSOL”, disse o presidente, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.

Entenda o caso:

O guarda municipal petista Marcelo Arruda foi assassinado a tiros na noite do último sábado, 9, em Foz do Iguaçu, Paraná, enquanto celebrava seu aniversário de 50 anos com temática do PT, usando bandeiras e cores do partido, além de uma fotografia do ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

Os disparos foram realizados pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, que está internado. De acordo com o boletim de ocorrência, ao invadir a festança, Guaranho gritou “aqui é Bolsonaro”.

Marcelo Arruda foi socorrido, porém faleceu no hospital. Deixa mulher e quatro filhos, incluindo um bebê. Filiado ao PT, ele foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo partido em 2020.

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