‘Onde acaba o eu e começa a mãe?’, reflete jornalista em texto

12/05/2017 19:57

O que é afinal ser mãe? Como se preparar para algo que não tem ensaio, não tem receita, não vem com manual de inscrição? No fim das contas, aprende-se sendo e a cada dia é uma descoberta.

A jornalista Martha Lopes, cofundadora do coletivo #KDmulheres?, escreveu sobre estas nuances tão sutis e ao mesmo tempo complexas da maternidade para o Mulheres Que Escrevem, projeto colaborativo criado por Natasha R. Silva e Taís Bravo.

Intitulado “Onde acaba o eu e começa a mãe?”, o texto traz alguns dos sentimentos que ficam latentes durante a transformação da mulher em mãe. Martha fala sobre as cobranças não só pela maternidade perfeita, mas também dos julgamentos que vêm quando a mulher quer exercer seus outros papéis sociais com liberdade.

“Eu tinha que olhar para o rosto do meu filho e me ver ali inteira, bastando. Aprendi que mesmo a mais parceira das amigas, a mais moderna das pessoas podia me repudiar porque eu tinha, sei lá, saído, bebido, trabalhado, me ausentado, qualquer coisa.”

Como fica a individualidade de cada mulher que se torna mãe? “Onde acaba o eu e começa mãe?”
Como fica a individualidade de cada mulher que se torna mãe? “Onde acaba o eu e começa mãe?”

Leia um trecho:

“Na tentativa de me reencontrar, me deparei também com um outro lado, um outro ritmo. Um tom que recusa o zunido das ruas, dos carros e que prefere a música de crianças brincando, palminhas batendo, abraços espontâneos no meio da tarde. Tantas vezes eu, querendo não romantizar a maternidade, mas sensível, chorosa, diante de letras juntadas sem querer, um desenho surpresa, ataques de cócegas e risos.

É um jogo conflituoso. Uma balança que, tem dias, pende para a leveza e o desejo de que o tempo não passe nunca; em outros, cai para a vontade de subir em um ônibus e sumir para sempre.”
– clique aqui para ler o texto na íntegra.

O texto é um convite para a reflexão: de que forma acolhemos (ou não) as mães que estão em nossas vidas? Seja a amiga, a colega de trabalho, a vizinha, ou a nossa própria? Será que demonstramos entender sua falta de tempo, suas mudanças de vida, sua angústia de não conseguir ser o que a sociedade espera que ela seja?

Por isso, neste Dia das Mães, dê de presente uma palavra de acolhimento, um gesto de afeto, um sorriso de apoio, e ajude o Catraquinha a difundir a campanha #maternidadesemreceita. O que você diria, hoje, para inspirar e acolher uma mãe?

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