ONG registra 15 ataques LGBTfóbicos com motivação política
Outras iniciativas foram lançadas para denunciar a violência em meio às eleições, como o Mapa da Violência e o Vítimas da Intolerância
Ao menos 15 casos de agressões físicas, verbais e virtuais a pessoas LGBT foram registrados em diferentes cidades do país desde domingo, 7, dia do primeiro turno das eleições. Todos tiveram motivação política, de acordo com levantamento da organização Aliança Nacional LGBTI+.
Em resposta aos ataques, a instituição abriu um canal para as vítimas denunciarem os casos e também divulgou uma nota oficial contra a violência. Para fazer o relato, envie e-mail para: [email protected]. Segundo o presidente a Aliança, Toni Reis, a ideia é levar as denúncias para o Ministério Público para que sejam investigadas.
Em comunicado, a organização se posiciona como “uma entidade pluripartidária, diversa, independente, sem qualquer vinculação política ou ideológica” e que busca “respeito e igualdade para todas e todos”.
- O que se sabe sobre o barbeiro que agredia gays e grava ataques no Rio
- A merda que pode dar na democracia se Bolsonaro for reeleito
- Homem soca e joga àgua no rosto de garotas de programa trans em SP
- Professor da UnB é alvo de homofobia em bar no DF por causa de beijo
“A violência contra a população LGBTI+ no Brasil é assustadora: a cada dia 19 horas no Brasil uma pessoa é assassinada e agredida a cada duas horas por sua orientação sexual ou identidade de gênero. A expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, mas das pessoas trans é de apenas 35 anos”, ressalta a ONG.
“Os ataques, verbais e físicos, aos direitos civis e sociais, às mulheres, à população negra, aos índios, aos migrantes, aos refugiados e, principalmente, às pessoas LGBTI+, são ataques à democracia. Não existe país democrático sem diversidade de ideias, modos de vida e culturas. Não há democracia sem igualdade de direitos e oportunidades”, completa.
‘Ele não vai nos matar’
No Instagram, o perfil “Ele não vai nos matar” foi criado para denunciar locais onde agressões a LGBTs, motivadas pelo fascismo, aconteceram nestas eleições. Em poucos dias, a página já tem quase 100 mil seguidores e reúne dezenas de relatos. Confira aqui.
Violência política
Outras iniciativas foram lançadas nos últimos dias para levantar os casos de violência cometidos por motivação política no país, como o Mapa da Violência e o Vítimas da Intolerância.