Oposição entra com Ação Civil contra Bolsonaro: ‘A postura do presidente é estarrecedora’

Ação destaca que postura do presidente “contraria orientações da OMS, colocando em risco a vida de centenas de milhares de pessoas"

31/03/2020 18:49

Diante da crise política protagonizada por Jair Bolsonaro, representantes de seis partidos da oposição assinam Ação Civil Pública contra o governo federal.

No documento, PSOL, PT, PSB,PCdoB, Rede Sustentabilidade e Unidade Popular (UP) pedem que o presidente seja impedido de rejeitar às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

Protocolada nesta terça-feira, 31 a ação levou em conta as recentes visitas feitas por Bolsonaro a áreas comerciais de Ceilândia e Taguatinga, no Distrito Federal, no último domingo, 28. Se baseia também nas críticas feitas pelo presidente ao isolamento social, que, recentemente, incentivou o fim da quarentena.

O que, segundo os signatários, “contraria orientações da OMS e do próprio Ministério da Saúde para o combate eficaz à pandemia do coronavírus, colocando em risco a vida de centenas de milhares de pessoas”.

 
 

Além disso, a ação pretende impedir o presidente de, por meio de atos ou pronunciamentos, “sabotar a adoção de medidas preventivas e profiláticas de combate à pandemia do coronavírus Covid-19 no Brasil”.

“Precisamos barrar o comportamento inconsequente e criminoso do presidente da República, que reiteradamente desrespeita as recomendações científicas, espalha desinformação e gera conflitos entre as medidas de seu próprio governo, colocando a saúde da população em risco”, declara Fábio Felix, presidente do PSOL-DF e um dos signatários da Ação Civil Pública.

Brasileiros em risco

Em entrevista ao Jornal de Brasília, o presidente do PSB-DF Rodrigo Dias justificou o pedido de ação. “A postura do presidente é estarrecedora. Decidimos provocar a Justiça a adotar medidas para que Bolsonaro pare imediatamente de fazer apologia e adotar atitudes que colocam a vida de milhares de brasilienses e de brasileiros em risco.”

Com informações do Jornal de Brasília