Pai e filho são vítimas de racismo no DF: ‘Negrada do inferno’
Ao tentar fugir, a mulher que ofendeu a dupla ainda chutou uma PM
Uma mulher de 64 anos foi presa em flagrante por injúria racial depois de ofender pai e filho em frente a um shopping em Taguatinga, no Distrito Federal. A dupla estava observando a pintura do prédio quando a ela começou as ofensas.
“Negrada do inferno!”, vociferou a idosa. Assista ao vídeo:
Alcides Jesus Santos, de 39 anos, filmava uma conversa com o pai, José Barbosa dos Santos, de 70 , sobre as técnicas de pintura. Eles tinham saído de uma consulta médica, pois José tem câncer e faz tratamento.
- Mulher nega pagar serviço adiantado e sofre injúria racial
- BBB 23: Equipe de Sarah Aline expõe comentários racistas
- Menina de 27 dias morre após ser estuprada; Pai foi preso no enterro
- Jogador de basquete brasileiro é vítima de racismo na Espanha
A mulher tentou fugir do local, mas uma policial conseguiu detê-la. Na tentativa de escapar, ela chutou a PM.
Ela, que não teve o nome divulgado, foi levada à 21ª Delegacia de Polícia e liberada após pagar R$ 1.000 de fiança.
Como denunciar racismo
Casos como esses estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.